RPG
Sempre me perguntaram o que era o RPG, muita gente confunde com jogos de computador interativo (que podem ser um tipo de RPG), ou ainda com Reeducação postural global - método fisioterapêutico.
Para facilitar as coisas, não vou falar no começo sobre o que é o tal do RPG, vou falar sobre o que é brincar de casinha (brincar de boneca, brincar com os hominhos - gíria para bonecos ou figuras de ação). Todo mundo já brincou? Não? Então vou explicar.
Na minha infância, brincávamos de casinha. Juntavam as crianças da mesma idade que algumas vezes se separavam pelos tipos de brinquedos, outras não. Mas quando brincávamos de casinha, geralmente uma das crianças mais dominadoras, começava a delegar papéis para as outras crianças brincarem com ela.
Geralmente uma menina escolhia ser a mãe, pegava sua boneca favorita e tratava como filha e escolhia quem ela quisesse para ser o marido. (Será uma coincidência social? Uma formação sociologia? Demonstração de dominação pelo sexo feminino?). Ok, isso foi uma brincadeira e não irei me aprofundar no mérito.
Pois bem, outras crianças podiam brincar formando outras famílias e ainda desenvolver papéis sociais como comerciantes, bancários, empregados, chefes, com base numa infinidade de profissões definidas na época e certamente muitas vezes influenciadas pelas mídias e familiares.
Cenas clássicas são filhos imitando principalmente pais, professores e cenas da televisão. As crianças desempenham papéis. A mamãe vai ao mercado comprar comida para casa levando a filhinha que pede para comprar um doce, a mãe decide se compra ou não. A filha decide como reagir em relação a isso e a brincadeira segue, algumas vezes a brincadeira termina com discussões por alguém reagir de maneira inesperada, não respeitando a vontade de outros.
Agora pasmem, jogar RPG é exatamente a mesma coisa!
No RPG, que é um jogo de interpretação de papéis, as pessoas criam seus personagens os quais devem seguir da maneira que foram criados, e com base numa história de fundo geral criado por um narrador que aponta desafios, escolhas e situações para que os jogadores interajam entre si, representando sempre um papel.
Existem regras, e situações definidas randomicamente, ou seja, de forma aleatória que pode ser decidas por inúmeras formas, a mais conhecida é pela rolagem de dados (que podem variar a quantidade de faces para se aplicar porcentagens de sucesso e falha na situação). Qualquer pessoa que estudou o mínimo sobre probabilidade, não terá dificuldade para entender que tirar 2, 3, 4, 5 ou 6 num dado de 6 faces (conhecido como cubo ou hexaedro), é mais fácil do que tirar apenas o número 1.
Na vida real podemos ter dificuldade ao andar, ao correr por escadas, ao dirigir. A rolagem de dados, o elemento aleatório, contribui para que tenha falhas nos jogo também.
Como objetos de decisão de elementos aleatórios podemos usar (cartas, dados de várias faces, moedas, roletas, escolha de objetos escondidos nas mãos, o jogo de pedra, papel e tesoura (conhecido também como jan-ken-po ou apenas pô) ou ainda a versão: pedra, papel, tesoura, lagarto e Spock, para os mais nerds e fãs da série “The Big Bang Theory”.
Numa brincadeira de índios versus cowboys, pode se dar chance iguais, tanto para índios e para os cowboys, ou ainda se decidir que os índios estarão em maior número e dar a vantagem aos índios, ou então dar armas de fogo para os cowboys para se diminuir de algum jeito a desigualdade numérica.
No RPG a probabilidade dá chances para que a sorte ou azar façam um lado vencer, como na vida real.
Na brincadeira de casinha algumas vezes as pessoas se vestiam com as roupas dos pais. No RPG, as pessoas podem se fantasiar também, para aumentar a diversão ou tornar a coisa mais teatral.
No RPG geralmente o jogo não acaba por motivos de divergências de idéias, alguns tem sistemas complexos para tomada de decisões, mas de modo geral aceitam-se as atitudes tomadas por bom senso e respeitam as características do personagem interpretado e a decisão final do narrador.
Tanto o RPG quanto brincar de casinha são brincadeiras fantasiosas. É um teatro, um filme, interpretado por pessoas que buscam diversão. Fantasias que se aproximam do mundo real e nos ajudam a compreender pessoas e situações. São pensamentos que nos ajudam a pensar em probabilidades e assumirmos responsabilidades por escolhas. Não existem vencedores ou perdedores. Existem pessoas que aprenderam a pensar de outras formas. Como na brincadeirinha de casinha, o jogo acaba quando as pessoas cansam dos papéis ou do mundo interpretado.
São partes do processo pedagógico desenvolvido em diversos níveis: antropológicos, sociológicos, psicológico, culturais.
Não ache que jogadores de RPG são muito diferentes das crianças brincando ou dos atores interpretando.
Não ache que eles são diferentes de você ao simular uma situação numa tomada de decisão.
Eu gosto de jogar RPG, como gosto de jogar pôquer (poker texas hold’em) ou empinar pipa.
Jogadores de RPG são pessoas como você e se submetem aos mesmos diretos e deveres. Não seja hipócrita repulsando sem conhecer. Afinal, ao meu ver, todos algum dia foram jogadores de RPG.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb

Mídias, artigos acadêmicos, multidisciplinaridade, arte, história em quadrinhos, contos, poesias, tirinhas, fotos, imagens. Diário de um artista amador.
artista:def. pessoa que cultiva as belas-artes ou as artes mecânicas; pessoa que exerce uma arte; amante das artes; talentoso; astuto, manhoso.
amador:def. namorador; apreciador; cultor curioso de qualquer arte; aquele que tem conhecimentos pouco aprofundados sobre determinado assunto.
quinta-feira, 26 de abril de 2012
quarta-feira, 25 de abril de 2012
PRESENTES
PRESENTES
Sou do tipo de gosta de dar adjetivos para as pessoas, como presentes especiais. Relembrar que existe algo nela mesma que havia esquecido. O mundo é rápido, caótico e desenfreado. Falta-nos reflexão.
As facetas sutis de qualidades e defeitos, não apenas para descrever, mas para lembrar. Lembrar quem somos, quem fomos, quais caminhos escolhemos e assumimos. Temos essências e derivações. Seres mutáveis e questionáveis. Previsíveis, porém inconstantes.
Pequenas coisas demonstram as características das pessoas através dos nossos sentidos.
A análise do comportamento humano, para saber como descrever alguém algumas vezes serendipidade, mas mesmo assim, encontrada por observação, descrição, controle, falseabilidade e chegar até causalidade (identificando, correlacionando e analisando o tempo que levaram) ou fundamentaram tais características, ou seja, através de um método científico, utilizando-se as informações adquiridas por todos os seus sentidos e recebidas através das expressões das pessoas, expressões corporais de todos os tipos, voluntários ou não, geralmente captadas pela visão que irá identificar de onde se percebem as características identificadas pelos outros sentidos.
Através da audição realmente escutar como as pessoas falam e produzem seus sons com base em altura, timbre, intensidade, duração, melodia, harmonia e ritmo. A harmonia entre som no espaço e tempo, analisando comprimento altura e profundidade.
O olfato e as fragrâncias: cítricos, florais, amadeirados, chipres, orientais, secos, frescos, picantes, frutados... as notas de cabeça, corpo e base. Os aromas de seus acessórios, os odores do corpo e o perfume usado, a combinação e formação de identidade e personalidade.
O tato e a aproximação mais íntima do toque, a percepção de calor, frio, texturas, localização espacial e características de dor e prazer. O que agrada, conforta, perturba.
Pena não sentirmos o gosto das pessoas. Apenas podemos imaginar o sabor, com as dicas dos aromas e a imaginação de gosto. Sem esquecer que também podemos intuir a respeito de alguém. Pressentindo, além de criar as hipóteses com base destes conjuntos.
Contudo, de nada vale sentir tudo isso se você não processar essas informações. Use o cérebro! Não use suas hipóteses como certezas. Hipóteses são suposições prováveis.
Por isso geralmente acerto nos presentes. Sejam apenas sinceros adjetivos ou surpresas bem individuais. Os pequenos detalhes fazem as grandes diferenças.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Sou do tipo de gosta de dar adjetivos para as pessoas, como presentes especiais. Relembrar que existe algo nela mesma que havia esquecido. O mundo é rápido, caótico e desenfreado. Falta-nos reflexão.
As facetas sutis de qualidades e defeitos, não apenas para descrever, mas para lembrar. Lembrar quem somos, quem fomos, quais caminhos escolhemos e assumimos. Temos essências e derivações. Seres mutáveis e questionáveis. Previsíveis, porém inconstantes.
Pequenas coisas demonstram as características das pessoas através dos nossos sentidos.
A análise do comportamento humano, para saber como descrever alguém algumas vezes serendipidade, mas mesmo assim, encontrada por observação, descrição, controle, falseabilidade e chegar até causalidade (identificando, correlacionando e analisando o tempo que levaram) ou fundamentaram tais características, ou seja, através de um método científico, utilizando-se as informações adquiridas por todos os seus sentidos e recebidas através das expressões das pessoas, expressões corporais de todos os tipos, voluntários ou não, geralmente captadas pela visão que irá identificar de onde se percebem as características identificadas pelos outros sentidos.
Através da audição realmente escutar como as pessoas falam e produzem seus sons com base em altura, timbre, intensidade, duração, melodia, harmonia e ritmo. A harmonia entre som no espaço e tempo, analisando comprimento altura e profundidade.
O olfato e as fragrâncias: cítricos, florais, amadeirados, chipres, orientais, secos, frescos, picantes, frutados... as notas de cabeça, corpo e base. Os aromas de seus acessórios, os odores do corpo e o perfume usado, a combinação e formação de identidade e personalidade.
O tato e a aproximação mais íntima do toque, a percepção de calor, frio, texturas, localização espacial e características de dor e prazer. O que agrada, conforta, perturba.
Pena não sentirmos o gosto das pessoas. Apenas podemos imaginar o sabor, com as dicas dos aromas e a imaginação de gosto. Sem esquecer que também podemos intuir a respeito de alguém. Pressentindo, além de criar as hipóteses com base destes conjuntos.
Contudo, de nada vale sentir tudo isso se você não processar essas informações. Use o cérebro! Não use suas hipóteses como certezas. Hipóteses são suposições prováveis.
Por isso geralmente acerto nos presentes. Sejam apenas sinceros adjetivos ou surpresas bem individuais. Os pequenos detalhes fazem as grandes diferenças.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
terça-feira, 24 de abril de 2012
O PESOS DAS COISAS
O PESOS DAS COISAS
Sempre escutei a história da balança e que deveríamos pesar os valores das coisas antes de tomar as decisões. Quer saber o que acho disso? Acho que é generalizado demais,
As pessoas acham que devemos pesar os valores das coisas, mas se as coisas são subjetivas? Sim, é claro que temos alguns critérios objetivos. Mas muitas das decisões, das quais tomamos partido, dizem respeito aos aspectos individuais.
Não digo que não se possa pesar sentimentos, acredito que sim. O que tento dizer é que o peso que posso dar provavelmente será diferente do peso que você pode dar.
Uma música que demonstra esse tipo de subjetividade é leva o mesmo nome dessa passagem: O Peso das Coisas – Pato Fu, adoro a frase: “Aos domingos não te vejo, o mundo é ruim.“
Uma decisão boa para você, pode não ser uma decisão boa para mim, mesmo estando num mesmo contexto. Nossos desejos, medos, paixões, gostos, serão diferentes. Enfim, as opiniões são diferentes. Por isso gosto de escutar pontos de vistas. Não peso apenas os valores.
Não creio em pensar de forma errada. Sou da opinião que a pessoa que diz que pensou de forma errada na verdade é um inconseqüente.
As pessoas assumem riscos, pagam para ver.
Decisões são baseadas em: experiências, instinto e razão. Dificilmente tomará uma boa decisão baseada exclusivamente na emoção.
Quando escuto pesar as coisas, imagino que as ações devem ser ponderadas em contraponto com as conseqüências. Não apenas analisar fatos, com base nos argumentos e informações, mas em que a decisão pode influenciar e quais conseqüências essas decisões podem gerar. Assumir riscos e prevê-los com base em: experiências, instinto e razão.
O certo e o errado são relativos, analise se os riscos valem a pena e não tenha medo de decidir. Questione suas respostas, pois posso ter acabado de mudar de idéia.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Sempre escutei a história da balança e que deveríamos pesar os valores das coisas antes de tomar as decisões. Quer saber o que acho disso? Acho que é generalizado demais,
As pessoas acham que devemos pesar os valores das coisas, mas se as coisas são subjetivas? Sim, é claro que temos alguns critérios objetivos. Mas muitas das decisões, das quais tomamos partido, dizem respeito aos aspectos individuais.
Não digo que não se possa pesar sentimentos, acredito que sim. O que tento dizer é que o peso que posso dar provavelmente será diferente do peso que você pode dar.
Uma música que demonstra esse tipo de subjetividade é leva o mesmo nome dessa passagem: O Peso das Coisas – Pato Fu, adoro a frase: “Aos domingos não te vejo, o mundo é ruim.“
Uma decisão boa para você, pode não ser uma decisão boa para mim, mesmo estando num mesmo contexto. Nossos desejos, medos, paixões, gostos, serão diferentes. Enfim, as opiniões são diferentes. Por isso gosto de escutar pontos de vistas. Não peso apenas os valores.
Não creio em pensar de forma errada. Sou da opinião que a pessoa que diz que pensou de forma errada na verdade é um inconseqüente.
As pessoas assumem riscos, pagam para ver.
Decisões são baseadas em: experiências, instinto e razão. Dificilmente tomará uma boa decisão baseada exclusivamente na emoção.
Quando escuto pesar as coisas, imagino que as ações devem ser ponderadas em contraponto com as conseqüências. Não apenas analisar fatos, com base nos argumentos e informações, mas em que a decisão pode influenciar e quais conseqüências essas decisões podem gerar. Assumir riscos e prevê-los com base em: experiências, instinto e razão.
O certo e o errado são relativos, analise se os riscos valem a pena e não tenha medo de decidir. Questione suas respostas, pois posso ter acabado de mudar de idéia.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
segunda-feira, 23 de abril de 2012
APELIDOS
APELIDOS
Tive uma ex-namorada que me chamava de bebê, apenas de bebê. Com todas as caras, bocas, vozes de alguém que está falando com uma criança com problemas de entendimento ou aprendizado. Acho que isso foi uma das coisas que fiquei traumatizou em alguns relacionamentos.
Por mais bizarro que pareça, reencontrei uma amiga que, muito antes, desde sempre, me chamou de baby, babe, bebê e suas variantes, com caras, bocas e vozes de alguém que está falando com uma criança que vai respondê-la a qualquer momento e quem sabe sorrir. Era algo mais, genérico e chegava a ser uma mania dela em classificar os amigos, uma espécie de graduação militar, uma patente designando o seu estado para com ela. Sinto-me honrado por ser um de seus bebês e ainda nos tratamos por esse apelido.
Acho que a memória é assim, associativa às nossas lembranças. Os apelidos geralmente são relacionados com manias ou características. Sejam as manias de quem dá, ou de quem recebe. As características podem ser em falta ou em excesso do receptor.
Existem apelidos de redução do nome, ou um nome diferente freqüentemente usado. Devo esclarecer que apelido em português brasileiro é sinônimo de alcunha, apodo, antonomásia, cognome e epíteto. Sem esquecer os pseudônimos, nomes artísticos e hipocorísticos adotados.
Não sou um bebê! Vá! Chame-me por meu nome. Não se obrigue a dar apelidos. Não force as coisas. Não domine ou denomine. Meu nome! Simplesmente, meu nome!
Nome vai continuar sendo o velho substantivo masculino que designa pessoal, animal ou coisa, será sempre a denominação de algo ou alguém. Não os substituirei por pronomes, recordando: “tias” e “tios”, “professores” e “mestres” de línguas. De inúmeras lembranças e adjetivos. Não soltarei o verbo, nem escreverei artigos. Da classificação variável restou apenas o numeral. Invariáveis: advérbios, preposições, conjunções, interjeições. Ao longe e sem dúvidas - um suspiro. Oh! As dez classes morfológicas lembradas por um apelido.
E os bebês continuam a nascer e eu sem choro agüentei. Esse apelido que me enojava quando proferido por minha ex. Por bem, meu relacionamento amoroso com ela se foi. O apelido por outra ficou, minha amizade continua intacta, aguardando notícias de minha oficial superior. Sempre às ordens, sempre um de seus bebês.
Fato curioso, essa minha amiga é atriz, comunicadora e jornalista. Muito antes da ídola Cristiane Torloni, em entrevista dada ao canal Multishow. Já me dizia como lema:
-Hoje é dia de rock, bebê!
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Tive uma ex-namorada que me chamava de bebê, apenas de bebê. Com todas as caras, bocas, vozes de alguém que está falando com uma criança com problemas de entendimento ou aprendizado. Acho que isso foi uma das coisas que fiquei traumatizou em alguns relacionamentos.
Por mais bizarro que pareça, reencontrei uma amiga que, muito antes, desde sempre, me chamou de baby, babe, bebê e suas variantes, com caras, bocas e vozes de alguém que está falando com uma criança que vai respondê-la a qualquer momento e quem sabe sorrir. Era algo mais, genérico e chegava a ser uma mania dela em classificar os amigos, uma espécie de graduação militar, uma patente designando o seu estado para com ela. Sinto-me honrado por ser um de seus bebês e ainda nos tratamos por esse apelido.
Acho que a memória é assim, associativa às nossas lembranças. Os apelidos geralmente são relacionados com manias ou características. Sejam as manias de quem dá, ou de quem recebe. As características podem ser em falta ou em excesso do receptor.
Existem apelidos de redução do nome, ou um nome diferente freqüentemente usado. Devo esclarecer que apelido em português brasileiro é sinônimo de alcunha, apodo, antonomásia, cognome e epíteto. Sem esquecer os pseudônimos, nomes artísticos e hipocorísticos adotados.
Não sou um bebê! Vá! Chame-me por meu nome. Não se obrigue a dar apelidos. Não force as coisas. Não domine ou denomine. Meu nome! Simplesmente, meu nome!
Nome vai continuar sendo o velho substantivo masculino que designa pessoal, animal ou coisa, será sempre a denominação de algo ou alguém. Não os substituirei por pronomes, recordando: “tias” e “tios”, “professores” e “mestres” de línguas. De inúmeras lembranças e adjetivos. Não soltarei o verbo, nem escreverei artigos. Da classificação variável restou apenas o numeral. Invariáveis: advérbios, preposições, conjunções, interjeições. Ao longe e sem dúvidas - um suspiro. Oh! As dez classes morfológicas lembradas por um apelido.
E os bebês continuam a nascer e eu sem choro agüentei. Esse apelido que me enojava quando proferido por minha ex. Por bem, meu relacionamento amoroso com ela se foi. O apelido por outra ficou, minha amizade continua intacta, aguardando notícias de minha oficial superior. Sempre às ordens, sempre um de seus bebês.
Fato curioso, essa minha amiga é atriz, comunicadora e jornalista. Muito antes da ídola Cristiane Torloni, em entrevista dada ao canal Multishow. Já me dizia como lema:
-Hoje é dia de rock, bebê!
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
sexta-feira, 20 de abril de 2012
AS PESSOAS NÃO MUDAM?
AS PESSOAS NÃO MUDAM?
Ok, eu aprendi assistindo diversas temporadas da série House M.D., que as pessoas não mudam e vi alguns poucos episódios que demonstram que podem mudar sim (inclusive o nosso querido Dr. Gregory House).
A Teoria da Relatividade será absoluta? Tá, sem piadas nerds. Vamos aos fatos. E o fato é que as pessoas mudam apenas quando realmente desejam. A inércia faz com que permaneçamos na mesma por longos períodos e num piscar de olhos, mudamos nosso pensamento e resolvemos mudar nossos sonhos, mudar nossos desejos, mudar como pensamos.
Espere, também não é assim. Comigo as mudanças ocorreram após situações traumáticas. Pode ser o término de um relacionamento (geralmente quando terminaram comigo), o término de uma fase na vida e início de outra, (alguma aprovação, final da faculdade, escolha de pós, mortes, casamentos, batizados, debutes). A vida é cheia de rituais de passagem.
Por isso a importância sociológica de “festejarmos” tais eventos. Para alguns basta um aniversário, para outros bastam uns 30 aniversários e tem também os irremediáveis.
Não que seja ruim ser um irremediável. A vida apresenta vários obstáculos. Cada um supera como quer e convive com seu reflexo no espelho.
Às vezes a mentira é o que cega o reflexo. Conheci principalmente garotas que diziam que mudavam, prometiam não mais errar, que decidiriam por si mesmas e no fim a primeira coisa que queriam era uma terceira opinião.
Nada contra a essas decisões, mas acho que depois de um tempo deixam de ser um charme e passam a ser um saco. Fingir que sabe o que se quer ou não quer, deixar a espera e achar que foi surpreendida.
Concorde comigo que dizer para si mesmo nem sempre torna a vida mais fácil por concordar cegamente que você mudou.
Afinal o que é mudança? Eu vejo mudanças numa pessoa quando ela deixa de ser previsível em suas respostas, quando sua realidade mudou, quando sinto uma opinião nova formada e fundamentada.
Confiar no instinto para o futuro de uma relação? Eu acho arriscado, mas devemos nos dar chances, não apenas dar chances. O relacionamento envolve no mínimo duas pessoas.
Não é a toa que comecei minha terapia, quero voltar a viver tranquilamente com Jacque. Abrir mão de muita coisa, mas sei que ela abriu também. Ponderamos nossas escolhas e um dia decidimos sermos felizes juntos.
Quem já viveu uma vida egoísta deve saber que pensar em um relacionamento de verdade muda muito nosso mundo. Uma coisa é sonhar, desejar o tipo de vida a dois e constituir família, outra é encontrar alguém que vira seu mundo removendo suas referências direcionais com uma serra elétrica, efetuando cortes irracionais e mutilando o que você considerava a vida perfeita.
Mudamos, não muito, apenas o suficiente. O suficiente para largarmos egoísmos, manias, vícios. Mudamos não para tornar nossas vidas em conjunto suportáveis. Mudamos para nos tornarmos suportáveis a vida em conjunto.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Ok, eu aprendi assistindo diversas temporadas da série House M.D., que as pessoas não mudam e vi alguns poucos episódios que demonstram que podem mudar sim (inclusive o nosso querido Dr. Gregory House).
A Teoria da Relatividade será absoluta? Tá, sem piadas nerds. Vamos aos fatos. E o fato é que as pessoas mudam apenas quando realmente desejam. A inércia faz com que permaneçamos na mesma por longos períodos e num piscar de olhos, mudamos nosso pensamento e resolvemos mudar nossos sonhos, mudar nossos desejos, mudar como pensamos.
Espere, também não é assim. Comigo as mudanças ocorreram após situações traumáticas. Pode ser o término de um relacionamento (geralmente quando terminaram comigo), o término de uma fase na vida e início de outra, (alguma aprovação, final da faculdade, escolha de pós, mortes, casamentos, batizados, debutes). A vida é cheia de rituais de passagem.
Por isso a importância sociológica de “festejarmos” tais eventos. Para alguns basta um aniversário, para outros bastam uns 30 aniversários e tem também os irremediáveis.
Não que seja ruim ser um irremediável. A vida apresenta vários obstáculos. Cada um supera como quer e convive com seu reflexo no espelho.
Às vezes a mentira é o que cega o reflexo. Conheci principalmente garotas que diziam que mudavam, prometiam não mais errar, que decidiriam por si mesmas e no fim a primeira coisa que queriam era uma terceira opinião.
Nada contra a essas decisões, mas acho que depois de um tempo deixam de ser um charme e passam a ser um saco. Fingir que sabe o que se quer ou não quer, deixar a espera e achar que foi surpreendida.
Concorde comigo que dizer para si mesmo nem sempre torna a vida mais fácil por concordar cegamente que você mudou.
Afinal o que é mudança? Eu vejo mudanças numa pessoa quando ela deixa de ser previsível em suas respostas, quando sua realidade mudou, quando sinto uma opinião nova formada e fundamentada.
Confiar no instinto para o futuro de uma relação? Eu acho arriscado, mas devemos nos dar chances, não apenas dar chances. O relacionamento envolve no mínimo duas pessoas.
Não é a toa que comecei minha terapia, quero voltar a viver tranquilamente com Jacque. Abrir mão de muita coisa, mas sei que ela abriu também. Ponderamos nossas escolhas e um dia decidimos sermos felizes juntos.
Quem já viveu uma vida egoísta deve saber que pensar em um relacionamento de verdade muda muito nosso mundo. Uma coisa é sonhar, desejar o tipo de vida a dois e constituir família, outra é encontrar alguém que vira seu mundo removendo suas referências direcionais com uma serra elétrica, efetuando cortes irracionais e mutilando o que você considerava a vida perfeita.
Mudamos, não muito, apenas o suficiente. O suficiente para largarmos egoísmos, manias, vícios. Mudamos não para tornar nossas vidas em conjunto suportáveis. Mudamos para nos tornarmos suportáveis a vida em conjunto.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
quinta-feira, 19 de abril de 2012
WINGMAN
WINGMAN
Não sei se todos já ouviram falar na expressão wingman, ela nasceu com o filme Top Gun (1986) e tem origem no termo militar que definia um colega piloto de que apoiava outro piloto num ambiente perigoso de vôo, um parceiro que nunca irá abandoná-lo, independentemente do nível da situação.
Hoje o termo é usado para um parceiro de balada que auxilia um amigo numa conquista amorosa, um suporte para sonhos e realizações.
Existem ótimos e péssimos tipos de wingman, alguns com ótimas intenções e muitas vezes nos trazem efeitos desastrosos. Vou citar alguns deles, muitas vezes encontrados na mesma pessoa, não importando o sexo ou opção sexual.
Agente-infiltrado: disposto a infiltra-se solitariamente em terreno desconhecido e trazer informações sobre estado civil das pessoas, tendências sexuais, interesses intelectuais e pontos altos e baixos. Sempre tem um bom papo e simpatia. Geralmente pessoa calma que tem facilidade em abordar pessoas com diversos assuntos.
Assessor: observador ao detalhes, nunca deixa o amigo na mão deixando-o sempre apresentável. Verifica manchas nas roupas, marcas de batom deixadas de modo inoportuno. Sabe quando o amigo está intoxicado demais e cuida para que não passem dos limites. Cuida pelo bem estar e facilita os detalhes de conforto e bem estar geral.
Batedor: explorador que vai reconhecendo o ambiente e diz como agir após analisar os envolvidos. Como um caçador experiente, te dá dicas de como prosseguir e muda sua postura ao encontrar diferentes tipos de presa, agindo do modo que for mais conveniente, inclusive dizendo qual o melhor momento de mudar a estratégia ou até desistir.
Destemido: algumas vezes por loucura, outras por coragem o destemido não se importa em ter que ser o primeiro a abordar uma mesa de garotas. Elas podem tentar ferir seu ego e destruí-lo, mental ou moralmente. Ele vai abrir o caminho para seus companheiros, onde já suavizou as defesas para conseguirem mais sucesso no ataque.
Empático: tem pessoas que simplesmente sabem ler seus pensamentos, ou possuem grande facilidade de entender o que quer com linguagem corporal, sinais ou códigos. Este tipo deve ser rápido na reação e geralmente sabem exatamente o que devem fazer. Suas decisões são tomadas sempre em conjunto.
Informante: de alguma maneira estranha apesar de ele não ser popular, sempre tem informação sobre aquela pessoa de interesse. Já conheceu numa festa, conhece algum parente, identifica alguém que conhece alguém e sempre tem alguma informação para ajudar. Conhecido também como assessor de assuntos aleatórios.
Narrador: sabe as boas histórias que temos? O narrador sabe, e como um bardo, sabe encantar as pessoas romantizando suavemente as suas histórias. Ele sempre levanta sua moral, arruma as gafes dos outros quando tiram sarro ou te desmoralizam. O narrador sempre sabe o tempo certo para contar uma boa história.
Popular: é o cara que geralmente é reconhecido pelas pessoas e torna-se um chamariz para as pessoas se aproximarem do grupo e não o contrário. Conhece diversos tipos de pessoas e cada encontro é uma surpresa.
Soldado: entende a sua missão, ao avistar duas garotas solteiras, se aproxima de uma e mantém ocupada para dar chances para que seu amigo consiga conquistar a outra garota sem entraves ocasionados pela amiga. A missão só termina com o objetivo alcançado.
Zagueiro: sempre protege o território, nunca permitindo que inimigos se aproximem, até que sejam atingidos os objetivos. É comum que sejam caras fortes ou extremamente descontraídos. Intimidando física ou mentalmente seus adversários.
Tenho a sorte e o azar algumas vezes de conviver com vários destes estereótipos e devo alguns sucessos a esses tipos. Sempre tento lembrar dessas qualidades para tentar ajudar amigos ou amigas.
Lembrando sempre que tanto a falta quanto o exagero dessas características podem prejudicar muito no resultado final de uma conquista, seja qual for seu objetivo final. Com certeza poderá identificar muitos deles principalmente durante as noites solitárias e fica para uma próxima algumas das histórias que tenho para contar.
Amigos são sempre amigos: o local, a bebida e a música são acessórios. Escolha-os bem, diga-me com quem andas e eu direi se vou contigo.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Não sei se todos já ouviram falar na expressão wingman, ela nasceu com o filme Top Gun (1986) e tem origem no termo militar que definia um colega piloto de que apoiava outro piloto num ambiente perigoso de vôo, um parceiro que nunca irá abandoná-lo, independentemente do nível da situação.
Hoje o termo é usado para um parceiro de balada que auxilia um amigo numa conquista amorosa, um suporte para sonhos e realizações.
Existem ótimos e péssimos tipos de wingman, alguns com ótimas intenções e muitas vezes nos trazem efeitos desastrosos. Vou citar alguns deles, muitas vezes encontrados na mesma pessoa, não importando o sexo ou opção sexual.
Agente-infiltrado: disposto a infiltra-se solitariamente em terreno desconhecido e trazer informações sobre estado civil das pessoas, tendências sexuais, interesses intelectuais e pontos altos e baixos. Sempre tem um bom papo e simpatia. Geralmente pessoa calma que tem facilidade em abordar pessoas com diversos assuntos.
Assessor: observador ao detalhes, nunca deixa o amigo na mão deixando-o sempre apresentável. Verifica manchas nas roupas, marcas de batom deixadas de modo inoportuno. Sabe quando o amigo está intoxicado demais e cuida para que não passem dos limites. Cuida pelo bem estar e facilita os detalhes de conforto e bem estar geral.
Batedor: explorador que vai reconhecendo o ambiente e diz como agir após analisar os envolvidos. Como um caçador experiente, te dá dicas de como prosseguir e muda sua postura ao encontrar diferentes tipos de presa, agindo do modo que for mais conveniente, inclusive dizendo qual o melhor momento de mudar a estratégia ou até desistir.
Destemido: algumas vezes por loucura, outras por coragem o destemido não se importa em ter que ser o primeiro a abordar uma mesa de garotas. Elas podem tentar ferir seu ego e destruí-lo, mental ou moralmente. Ele vai abrir o caminho para seus companheiros, onde já suavizou as defesas para conseguirem mais sucesso no ataque.
Empático: tem pessoas que simplesmente sabem ler seus pensamentos, ou possuem grande facilidade de entender o que quer com linguagem corporal, sinais ou códigos. Este tipo deve ser rápido na reação e geralmente sabem exatamente o que devem fazer. Suas decisões são tomadas sempre em conjunto.
Informante: de alguma maneira estranha apesar de ele não ser popular, sempre tem informação sobre aquela pessoa de interesse. Já conheceu numa festa, conhece algum parente, identifica alguém que conhece alguém e sempre tem alguma informação para ajudar. Conhecido também como assessor de assuntos aleatórios.
Narrador: sabe as boas histórias que temos? O narrador sabe, e como um bardo, sabe encantar as pessoas romantizando suavemente as suas histórias. Ele sempre levanta sua moral, arruma as gafes dos outros quando tiram sarro ou te desmoralizam. O narrador sempre sabe o tempo certo para contar uma boa história.
Popular: é o cara que geralmente é reconhecido pelas pessoas e torna-se um chamariz para as pessoas se aproximarem do grupo e não o contrário. Conhece diversos tipos de pessoas e cada encontro é uma surpresa.
Soldado: entende a sua missão, ao avistar duas garotas solteiras, se aproxima de uma e mantém ocupada para dar chances para que seu amigo consiga conquistar a outra garota sem entraves ocasionados pela amiga. A missão só termina com o objetivo alcançado.
Zagueiro: sempre protege o território, nunca permitindo que inimigos se aproximem, até que sejam atingidos os objetivos. É comum que sejam caras fortes ou extremamente descontraídos. Intimidando física ou mentalmente seus adversários.
Tenho a sorte e o azar algumas vezes de conviver com vários destes estereótipos e devo alguns sucessos a esses tipos. Sempre tento lembrar dessas qualidades para tentar ajudar amigos ou amigas.
Lembrando sempre que tanto a falta quanto o exagero dessas características podem prejudicar muito no resultado final de uma conquista, seja qual for seu objetivo final. Com certeza poderá identificar muitos deles principalmente durante as noites solitárias e fica para uma próxima algumas das histórias que tenho para contar.
Amigos são sempre amigos: o local, a bebida e a música são acessórios. Escolha-os bem, diga-me com quem andas e eu direi se vou contigo.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
quarta-feira, 18 de abril de 2012
COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO
Comunicar-se com primazia é tarefa trabalhosa. Saber transmitir idéias e expressar emoções não é para qualquer pessoa. Sei que os estudos, técnicas e experiências de vida auxiliam nessa missão que enfrentamos na nossa rotina diária.
O ser humano é um ser social que precisa de companhia e expressar o que sente. Recordo-me do episódio piloto de Além da Imaginação – cujo o nome original é "The Twilight Zone" Where Is Everybody? Apesar de ser lançado em 2 de outubro de 1959, até hoje ao assistir me dá uma sensação de agonia causada pela solidão, mesmo senda produzida com efeitos especiais onde analisando com olhos críticos se observa a utilização de miniaturas que dão a mesma sensação que o personagem icônico dos quadrinhos causam dando identificação da ilusão em realidade – muito bem explicada por Scott McCloud em Desvendando os Quadrinhos. Sente-se também a tensão produzida pela trilha sonora. Podemos observar momentos cinematográficos derivados, onde por exemplo, pode-se sentir a mesma tensão no início do filme Day of the Dead (1985) de George Romero, que depois foi sampleada e utilizada na música M1-A1 do Gorillaz.
A comunicação não somente por palavras ditas e escritas. Por palavras expressas, interpretadas e gesticuladas. A comunicação por qualquer forma de expressão é transmissão auxiliada por pequenos grandes detalhes que fazem muita diferença.
Não devemos esquecer que a comunicação deve se dar entre o transmissor e o receptor da informação, e que ambos devem encontrar uma sintonia para o entendimento. Quanto maior essa sintonia, melhor será recebida a transmissão.
Analisamos agora que a comunicação deixa de ser trabalho solitário para ser ato conjunto. Agora podemos pensar e quando existe mais de um comunicador e mais de um receptor?
Bom, daí posso garantir que nascem belas histórias e estranhos diálogos.
Podem existir tecnologias que facilitam a comunicação, através de dados, bytes e tons. Existem mensagens mais pessoais através de bites, olhares e suspiros.
Não sabemos como nos comunicamos na vida digital, e usamos artimanhas e charmes que nunca sonhamos na vida real.
As pessoas nunca se perguntam como funciona uma televisão ou um computador. São sempre objetos mágicos que nos trazem o que queremos, e então porque não deixar usar a mágica em cada expressão?
Ok, eu sei como funciona uma televisão ou um computador, mas porque não acreditar em mágica? Afinal, nunca se sabe quem irá receber a mensagem do jeito que você quis dizer, muito menos quem irá entender.
O importante é lembrar que comunicação é antes de tudo é a AÇÃO de se COMUNICAR.
Então comece a agir para se fazer entender, usando as ferramentas que possui sem medo de tentar.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Comunicar-se com primazia é tarefa trabalhosa. Saber transmitir idéias e expressar emoções não é para qualquer pessoa. Sei que os estudos, técnicas e experiências de vida auxiliam nessa missão que enfrentamos na nossa rotina diária.
O ser humano é um ser social que precisa de companhia e expressar o que sente. Recordo-me do episódio piloto de Além da Imaginação – cujo o nome original é "The Twilight Zone" Where Is Everybody? Apesar de ser lançado em 2 de outubro de 1959, até hoje ao assistir me dá uma sensação de agonia causada pela solidão, mesmo senda produzida com efeitos especiais onde analisando com olhos críticos se observa a utilização de miniaturas que dão a mesma sensação que o personagem icônico dos quadrinhos causam dando identificação da ilusão em realidade – muito bem explicada por Scott McCloud em Desvendando os Quadrinhos. Sente-se também a tensão produzida pela trilha sonora. Podemos observar momentos cinematográficos derivados, onde por exemplo, pode-se sentir a mesma tensão no início do filme Day of the Dead (1985) de George Romero, que depois foi sampleada e utilizada na música M1-A1 do Gorillaz.
A comunicação não somente por palavras ditas e escritas. Por palavras expressas, interpretadas e gesticuladas. A comunicação por qualquer forma de expressão é transmissão auxiliada por pequenos grandes detalhes que fazem muita diferença.
Não devemos esquecer que a comunicação deve se dar entre o transmissor e o receptor da informação, e que ambos devem encontrar uma sintonia para o entendimento. Quanto maior essa sintonia, melhor será recebida a transmissão.
Analisamos agora que a comunicação deixa de ser trabalho solitário para ser ato conjunto. Agora podemos pensar e quando existe mais de um comunicador e mais de um receptor?
Bom, daí posso garantir que nascem belas histórias e estranhos diálogos.
Podem existir tecnologias que facilitam a comunicação, através de dados, bytes e tons. Existem mensagens mais pessoais através de bites, olhares e suspiros.
Não sabemos como nos comunicamos na vida digital, e usamos artimanhas e charmes que nunca sonhamos na vida real.
As pessoas nunca se perguntam como funciona uma televisão ou um computador. São sempre objetos mágicos que nos trazem o que queremos, e então porque não deixar usar a mágica em cada expressão?
Ok, eu sei como funciona uma televisão ou um computador, mas porque não acreditar em mágica? Afinal, nunca se sabe quem irá receber a mensagem do jeito que você quis dizer, muito menos quem irá entender.
O importante é lembrar que comunicação é antes de tudo é a AÇÃO de se COMUNICAR.
Então comece a agir para se fazer entender, usando as ferramentas que possui sem medo de tentar.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
terça-feira, 17 de abril de 2012
EQUAÇÃO DA FRUSTRAÇÃO ADQUIRIDA
EQUAÇÃO DA FRUSTRAÇÃO ADQUIRIDA
Numa noite conversava com uma amiga que não encontrava pessoalmente recentemente e me trouxeram lembranças tímidas e receosas da adolescência, de um garoto sem jeito e inseguro. Aprendi nos olhares e nos filmes como viver. Testava a magia do cinema em meu dia-a-dia e nem sempre era como imaginava.
Cada segundo da película era uma memória desagradável para meu teste real e as mudanças eram inevitáveis para finais quase felizes. Da comédia e do drama vem meu estilo que sorrateiramente rouba o charme de ídolos. Não sou nada de mais, mas a agilidade de respostas sem dúvidas é uma ferramenta incrível.
Adoro também as antigas séries de tv - não todas – as minhas favoritas: Star Trek (1966–1969), Batman (1966–1968) e The Twilight Zone (1959–1964). Acompanhá-las me ensinou muito sobre design gráfico, fotografia, edição de imagens, cinema e roteiros.
Possivelmente, influenciado por essas séries de ficção científica, adquiri uma mania por desenvolver equações e teorias.
Voltando a conversa “viagem no tempo”, andávamos muito juntos, conversamos sobre artes marciais. Eu defendendo as técnicas aprendidas com o aikidô e o kung fu, ela adepta e praticante do karatê e do muay thai. Ambos respeitando idéias novas e nos inspirando em nossos projetos.
Discutíamos musica, eu com os novos sons eletrônicos do final dos anos noventa e com minhas bandas de pop rock nacionais e ela sempre com um reggae de qualidade.
Nossas conversas sempre regadas a cerveja, que aprendi a tomar com nossa turma. Ela se divertia muito em nossas festas animadas e eu sempre com seu apoio.
Nos distanciamos pelas razões de sempre: tempo, relacionamentos complicados, distância e caminhos.
Nos reaproximamos graças as redes sociais. SIM, a tecnologia usada para o bem. Odeio quando as redes sociais são utilizadas para afastar as pessoas. As redes sociais são ferramentas de mobilização e aproximação de ações, pessoas, idéias e quem sabe um dia, apenas informações úteis.
Desse novo contato, chegam informações sobre trabalho, sonhos e relacionamentos vivenciados.
Desta conversa surge a conclusão sobre a frustração adquirida que foi equacionada da seguinte maneira:
Equação da frustração adquirida seria igual à inspiração proporcionada pela solidão, mantida a mesma loucura adolescente, com um pouco menos de paixão, definitivamente mais desiludido e sempre sonhador.
Apenas os sonhadores se frustram. Apenas a loucura alimenta os sonhos. Dessa alimentação dos sonhos vem inspiração que já está acrescida da solidão, diminui a paixão que por sua vez desilude o sonhador.
Viver com essa equação te dá a certeza de não querer alguém que te complete, pois já somos completos.
Essa equação nos aproxima de pessoas que são compatíveis com nossos desejos e que de um modo incrível sejam suficientes para nos fazer querer crescer e mudar. Resumo isso em planejar em conjunto.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Numa noite conversava com uma amiga que não encontrava pessoalmente recentemente e me trouxeram lembranças tímidas e receosas da adolescência, de um garoto sem jeito e inseguro. Aprendi nos olhares e nos filmes como viver. Testava a magia do cinema em meu dia-a-dia e nem sempre era como imaginava.
Cada segundo da película era uma memória desagradável para meu teste real e as mudanças eram inevitáveis para finais quase felizes. Da comédia e do drama vem meu estilo que sorrateiramente rouba o charme de ídolos. Não sou nada de mais, mas a agilidade de respostas sem dúvidas é uma ferramenta incrível.
Adoro também as antigas séries de tv - não todas – as minhas favoritas: Star Trek (1966–1969), Batman (1966–1968) e The Twilight Zone (1959–1964). Acompanhá-las me ensinou muito sobre design gráfico, fotografia, edição de imagens, cinema e roteiros.
Possivelmente, influenciado por essas séries de ficção científica, adquiri uma mania por desenvolver equações e teorias.
Voltando a conversa “viagem no tempo”, andávamos muito juntos, conversamos sobre artes marciais. Eu defendendo as técnicas aprendidas com o aikidô e o kung fu, ela adepta e praticante do karatê e do muay thai. Ambos respeitando idéias novas e nos inspirando em nossos projetos.
Discutíamos musica, eu com os novos sons eletrônicos do final dos anos noventa e com minhas bandas de pop rock nacionais e ela sempre com um reggae de qualidade.
Nossas conversas sempre regadas a cerveja, que aprendi a tomar com nossa turma. Ela se divertia muito em nossas festas animadas e eu sempre com seu apoio.
Nos distanciamos pelas razões de sempre: tempo, relacionamentos complicados, distância e caminhos.
Nos reaproximamos graças as redes sociais. SIM, a tecnologia usada para o bem. Odeio quando as redes sociais são utilizadas para afastar as pessoas. As redes sociais são ferramentas de mobilização e aproximação de ações, pessoas, idéias e quem sabe um dia, apenas informações úteis.
Desse novo contato, chegam informações sobre trabalho, sonhos e relacionamentos vivenciados.
Desta conversa surge a conclusão sobre a frustração adquirida que foi equacionada da seguinte maneira:
Equação da frustração adquirida seria igual à inspiração proporcionada pela solidão, mantida a mesma loucura adolescente, com um pouco menos de paixão, definitivamente mais desiludido e sempre sonhador.
Apenas os sonhadores se frustram. Apenas a loucura alimenta os sonhos. Dessa alimentação dos sonhos vem inspiração que já está acrescida da solidão, diminui a paixão que por sua vez desilude o sonhador.
Viver com essa equação te dá a certeza de não querer alguém que te complete, pois já somos completos.
Essa equação nos aproxima de pessoas que são compatíveis com nossos desejos e que de um modo incrível sejam suficientes para nos fazer querer crescer e mudar. Resumo isso em planejar em conjunto.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
segunda-feira, 16 de abril de 2012
SINDICATOS NOTURNOS
SINDICATOS NOTURNOS
A noite sempre foi meu lar. Uma casa de desabafos, interações, surpresas e emoções. Compartilhar momentos com estranhos que depois marcam nossas vidas. Dar chances ao destino.
Em especial a noite curitibana sempre foi um desafio para desbravadores.
Sou publicitário, estudei o curso técnico de desenho industrial, sou libra com ascendente em peixes, galo no horóscopo chinês. Um cara equilibrado e com um toque de artista. Adoro sentir as palavras explodindo na mente, sonorizadas expressando emoções. Junto aos sons, músicas, imagens e vídeos. A multimídia é sempre um mundo de infinitas possibilidades e criações e destruições.
Alguns me chamam de manipulador de informações (um spin doctor), outros preferem dizer que eu realmente sei como vender um bom produto. Sim, o produto deve ser bom. Não aceito vincular meu nome a qualquer quinquilharia, não engano meu público. Explicito qualidades e maquilho transformando o normal em excepcional. Sempre sincero em minhas decisões, não gosto da mentira, ocultar muitas vezes é mentir.
Todavia, mesmo acreditando ser um bom comunicador, sempre tive dificuldades em adentrar em turmas do cenário noturno curitibano. Alguns bons contatos sempre facilitaram a entrada.
Tornar-se um cruzado solitário em terras desconhecidas, Muitas vezes desconhecidas por abandonar meus hábitos noturnos devido a relacionamentos. Cruzado solitário por gostar de sair sozinho, sem travas, sem ajuda. Sair sozinho sempre aumentou minha auto-estima. São poucos os bons parceiros de balada e depois que se conhece bem um lugar, até os funcionários se tornam bons parceiros. Ah, lembra dos dois telefones errados que ganhei? Um deles foi de uma barmaid, conto essa história outra hora.
Sendo uma pessoa eclética, freqüentei vários tipos de casas noturnas. Meus locais favoritos eram clubs, locais alternativos e pubs com música ao vivo.
Em locais alternativos, muitas vezes recebi cantadas de homens, mas sempre de maneira educada. Nunca tive problemas e sempre muito bem recebido. Minha mãe sempre ficava preocupada com meu encontro com algum conhecido nestes locais. (Eu respondia: - Mãe, se alguém me encontrar lá dentro é porque também estava lá. – provavelmente outra pessoa sem preconceitos)
Nos clubs geralmente me aproximava das pessoas que amam dançar. Conversávamos pouco e dançávamos muito.
E nos pubs senti sempre uma maior dificuldade para me aproximar. As pessoas pareciam ser mais desconfiadas, menos atraentes nas conversar e muito desinteressados em qualquer coisa nova.
Na minha adolescência, fui clubber uma geração que ajudou na popularização dos piercings (tive 3, 1 na sobrancelha e 2 na orelha, todos do lado esquerdo). Usava roupas leves e confortáveis, não pelas marcas, mas pelo simples conforto.
Umas das coisas que os clubbers tinham, era aceitar todos os tipos de tribos e vestimentas.
Talvez por sermos fruto do início da geração Y, pelo menos eu sempre fui um artista, com os desenhos, com as palavras, com as músicas e com os vídeos. Gosto de respostas rápidas, pessoas sagazes e multi-tarefas. Entediam-me as pessoas que são sempre as mesmas, tenho várias turmas, e cada qual com seus motivos particulares. Me considero uma pessoa bem quista, educada e que consegue conviver com as diferenças muito bem. Minha tranqüilidade e segurança me permitem trafegar pelos os mais diversos lugares sem que me incomode com roupas ou estilos. Sempre me considerei “neutro”.
Recordo-me de uma festa rave onde me estava vestido de terno e gravata, usando sapatos sociais, por emendar de uma aula noturna após o estágio. (Não foi uma experiência muito agradável ter que me vestir arrumadinho numa agência de publicidade, algo me diz que os trajes prendiam a imaginação que acarretou posteriormente no encerramento das atividades empresariais pelos donos).
Voltando a história da rave, acho que a tribo me fascinou por não me julgar pelos trajes, por gostarmos do mesmo tipo de música e serem tão receptivos. Ser alternativo naquela época, era não ligar para os panos que as pessoas usavam.
Com os anos, me distanciei um pouco dos meus amigos, que deixavam as cores chamativas dos clubbers de lado e que em sua maioria continuavam a se destacar por suas personalidades únicas, tornando-se mais excêntricos e exigentes. Suas novas turmas eram mais fechadas e restritas.
Comecei a reavaliar os novos locais que começava a freqüentar 10 anos após meu início no mundo clubber, eu também mudava, meus som como DJ deixava de ser o house comercial e o drum`n bass, para se tornar 80`s, 90`s e indie rock. A vida noturna deixava de ser minha segunda casa e se transformara em um Sindicato, não generalizado, mas agregando principalmente pessoas com mesmos interesses artísticos e ainda alguns Fashion victims. Encontrei amigos que partilham dessa opinião.
Confesso que também mudei, cabelos com mechas azuis e prateadas não faziam mais o meu estilo. Minhas roupas são mais adaptadas para freqüentar qualquer lugar e que hoje também faço parte de vários sindicatos.
Não sei se mais exigentes apenas, ou mais cautelosos. Sei que me adaptei.
Parafraseando um grande amigo. – Antes eu tinha sonhos mirabolantes ao usar minha imaginação, talvez me tornar um cientista louco ou um super-herói. Nunca quis ser um cruzado solitário.
Hoje tenho desejos bem realistas. QUERO SER UM NINJA!
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
A noite sempre foi meu lar. Uma casa de desabafos, interações, surpresas e emoções. Compartilhar momentos com estranhos que depois marcam nossas vidas. Dar chances ao destino.
Em especial a noite curitibana sempre foi um desafio para desbravadores.
Sou publicitário, estudei o curso técnico de desenho industrial, sou libra com ascendente em peixes, galo no horóscopo chinês. Um cara equilibrado e com um toque de artista. Adoro sentir as palavras explodindo na mente, sonorizadas expressando emoções. Junto aos sons, músicas, imagens e vídeos. A multimídia é sempre um mundo de infinitas possibilidades e criações e destruições.
Alguns me chamam de manipulador de informações (um spin doctor), outros preferem dizer que eu realmente sei como vender um bom produto. Sim, o produto deve ser bom. Não aceito vincular meu nome a qualquer quinquilharia, não engano meu público. Explicito qualidades e maquilho transformando o normal em excepcional. Sempre sincero em minhas decisões, não gosto da mentira, ocultar muitas vezes é mentir.
Todavia, mesmo acreditando ser um bom comunicador, sempre tive dificuldades em adentrar em turmas do cenário noturno curitibano. Alguns bons contatos sempre facilitaram a entrada.
Tornar-se um cruzado solitário em terras desconhecidas, Muitas vezes desconhecidas por abandonar meus hábitos noturnos devido a relacionamentos. Cruzado solitário por gostar de sair sozinho, sem travas, sem ajuda. Sair sozinho sempre aumentou minha auto-estima. São poucos os bons parceiros de balada e depois que se conhece bem um lugar, até os funcionários se tornam bons parceiros. Ah, lembra dos dois telefones errados que ganhei? Um deles foi de uma barmaid, conto essa história outra hora.
Sendo uma pessoa eclética, freqüentei vários tipos de casas noturnas. Meus locais favoritos eram clubs, locais alternativos e pubs com música ao vivo.
Em locais alternativos, muitas vezes recebi cantadas de homens, mas sempre de maneira educada. Nunca tive problemas e sempre muito bem recebido. Minha mãe sempre ficava preocupada com meu encontro com algum conhecido nestes locais. (Eu respondia: - Mãe, se alguém me encontrar lá dentro é porque também estava lá. – provavelmente outra pessoa sem preconceitos)
Nos clubs geralmente me aproximava das pessoas que amam dançar. Conversávamos pouco e dançávamos muito.
E nos pubs senti sempre uma maior dificuldade para me aproximar. As pessoas pareciam ser mais desconfiadas, menos atraentes nas conversar e muito desinteressados em qualquer coisa nova.
Na minha adolescência, fui clubber uma geração que ajudou na popularização dos piercings (tive 3, 1 na sobrancelha e 2 na orelha, todos do lado esquerdo). Usava roupas leves e confortáveis, não pelas marcas, mas pelo simples conforto.
Umas das coisas que os clubbers tinham, era aceitar todos os tipos de tribos e vestimentas.
Talvez por sermos fruto do início da geração Y, pelo menos eu sempre fui um artista, com os desenhos, com as palavras, com as músicas e com os vídeos. Gosto de respostas rápidas, pessoas sagazes e multi-tarefas. Entediam-me as pessoas que são sempre as mesmas, tenho várias turmas, e cada qual com seus motivos particulares. Me considero uma pessoa bem quista, educada e que consegue conviver com as diferenças muito bem. Minha tranqüilidade e segurança me permitem trafegar pelos os mais diversos lugares sem que me incomode com roupas ou estilos. Sempre me considerei “neutro”.
Recordo-me de uma festa rave onde me estava vestido de terno e gravata, usando sapatos sociais, por emendar de uma aula noturna após o estágio. (Não foi uma experiência muito agradável ter que me vestir arrumadinho numa agência de publicidade, algo me diz que os trajes prendiam a imaginação que acarretou posteriormente no encerramento das atividades empresariais pelos donos).
Voltando a história da rave, acho que a tribo me fascinou por não me julgar pelos trajes, por gostarmos do mesmo tipo de música e serem tão receptivos. Ser alternativo naquela época, era não ligar para os panos que as pessoas usavam.
Com os anos, me distanciei um pouco dos meus amigos, que deixavam as cores chamativas dos clubbers de lado e que em sua maioria continuavam a se destacar por suas personalidades únicas, tornando-se mais excêntricos e exigentes. Suas novas turmas eram mais fechadas e restritas.
Comecei a reavaliar os novos locais que começava a freqüentar 10 anos após meu início no mundo clubber, eu também mudava, meus som como DJ deixava de ser o house comercial e o drum`n bass, para se tornar 80`s, 90`s e indie rock. A vida noturna deixava de ser minha segunda casa e se transformara em um Sindicato, não generalizado, mas agregando principalmente pessoas com mesmos interesses artísticos e ainda alguns Fashion victims. Encontrei amigos que partilham dessa opinião.
Confesso que também mudei, cabelos com mechas azuis e prateadas não faziam mais o meu estilo. Minhas roupas são mais adaptadas para freqüentar qualquer lugar e que hoje também faço parte de vários sindicatos.
Não sei se mais exigentes apenas, ou mais cautelosos. Sei que me adaptei.
Parafraseando um grande amigo. – Antes eu tinha sonhos mirabolantes ao usar minha imaginação, talvez me tornar um cientista louco ou um super-herói. Nunca quis ser um cruzado solitário.
Hoje tenho desejos bem realistas. QUERO SER UM NINJA!
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
domingo, 15 de abril de 2012
DESAPEGOS
DESAPEGOS
Uma estrada definida? Não tenho crença em Deus. Prefiro que meu destino seja rascunhado, com linhas finas e que a obra final me surpreenda. Tenho potenciais futuros que adoro estragar tomando decisões pouco óbvias, prefiro um desastre divertido à uma previsão monótona. Brinco de senhor do meu destino, mas sinto que livre arbítrio, é sim, uma falsa ilusão de liberdade.
Nessa crença os carneiros no pasto acreditam ser livres. Eu acredito que escolher todos os caminhos seja a real liberdade. Hipócrita? Um pouco... Arrogante, não seria um insulto.
Isso não significa que eu seja mau, pelo contrário. Respeito a opinião de todos e tenho para mim que religião não forma caráter, mas que pode sim dar um bom norte, como causar danos irreparáveis numa personalidade.
Sim, tive uma boa educação cristã, quanto a ser um seguidor de Cristo ou filho de Deus. Prefiro pensar no acaso, nas coincidências da vida. Prefiro ser insignificante ao me preocupar com pensamentos que não cabem em mim. Não tenho fé, não duvido que exista. Apenas me considero incapaz. Uma cabra em meio às ovelhas, como diz a música: “Now I just want to play on my panpipes/I just want to drink me some wine/As soon as you're born you start dyin'/So you might as well have a good time/Sheep go to heaven/Goats go to hell” (Sheep Go To Heaven – Cake)
Acredito nos astros e no tarô, prefiro o tarô de Marselha, mas gosto do cigano ou o egípcio, a astrologia. O caminho das estrelas me atraiu sempre, nunca gostei do Sol, a Lua e as estrelas sempre me seduziram. Como uma série de aventuras amorosas, inúmeras e quem sabe um dia, encontrar meu astro maior. Talvez encontre minha Lua, mas tive que lembrar das estrelas para me dedicar de verdade a alguém.
No meu caminho encontrei pessoas inesquecíveis. Vivi momentos únicos e como um telespectador, diria que minha vida daria uma ótima ficção. Nestes encontros, mais difícil que encontrar um sentimento, mais difícil que conquistar uma relação, às vezes o mais complicado foi superar e deixar o que não funciona mais.
Dar chances, voltar e perdoar. Insistir em escolhas, supor e idolatrar uma idéia. As ilusões da paixão.
Quando mudamos, tentamos, nos esforçamos. As coisas nem sempre não funcionam devido aos nossos problemas.
Sou uma pessoa persistente. Luto de olhos abertos e sem mentir para mim. Mas em relacionamentos, escuto, converso e discuto. A batalha que se trava entre amigos, amantes e irmão são as mais barulhentas e dolorosas e tendem a ser as mais honestas.
Não tenho medo de interpretações ruins, sou passível de erros. Alguns imperdoáveis, porém dormir tranqüilo é uma meta todas as noites.
Então acordamos em meio de uma relação complicada e temos que dar um ponto final. Não por falta de coragem, não por falta de esforço. Termina-se uma história por ela não funcionar. Por ser apenas uma ilusão, um reflexo de nossos desejos que nunca se torna uma realidade suportável.
Desapegar-se, perder a afeição que se tinha antes, soltar-se, desgarrar-se. Desapego não porque não valeu viver, não pelo que passou. Ao reverso, pela chance de errar novamente e eventualmente acertar. Não insista pedindo chances. Permita-se viver novas experiências sem machucar alguém e sem se machucar.
Respeito. Respeite.
Pontos finais não viram reticências.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
sexta-feira, 13 de abril de 2012
UM CARA DIVERTIDO
UM CARA DIVERTIDO
Quando namorei Patrícia foi uma experiência interessante. Após passar um ano tendo as melhores e piores experiências da minha vida, tinha encontrado uma garota que parecia valer a pena.
Naquele ano estava numa fase de aproveitar a vida, ou apenas me deixar levar. Tinha um estilo legal, mas ainda não era um “Win Lord” (um vencedor no jogo da conquista). Minhas amigas diziam que eu estava mais para um “wannabe galinha” (um cara que se fazia de pegador). Mas no fundo continuava ser o mesmo romântico casualmente rápido na pegada, com frases nocauteantes e algumas vezes entediantes discursos que me deixavam falar com as paredes.
Talvez um pouco confiante nuns dias, desesperado em outros, mas um pouco largado e preguiçoso.
Nos conhecemos alguns anos antes, numa reunião de amigos - um churrasco com muita bebida, onde nos perdemos em braços diferentes. Ela tinha uma conversa legal. Não se apresentava timidamente. Personalidade forte com opiniões fundamentadas.
Garota batalhadora, esforçada em alguns momentos. Tinha uma relação de amor e ódio com a família. Acredito que grande parte pelo negócio familiar em que trabalhavam.
Paty era uma “gamer girl”, viciada em jogos de computador e videogames. Seu conhecimento “nerds” era vasto. Gostava de Marion Zimmer Bradley, Bernard Cornwell, Anne Rice, George R. R. Martin, mas não gostava de Douglas Adams.
Dizia que eu deveria conhecer melhor Neil Gaiman, e não era a primeira pessoa que me recomendava. Na verdade, conhecia pouco, ainda conheço pouco. Uma linda garota gótica me indicou ler mais e sua irmã insistiu. Outras duas amigas com gostos parecidos com o meu também recomendaram. Mas destas garotas falo em outra história.
Tinha uma opinião forte sobre Star Wars. Era do tipo que dizia que no lado negro da força eles têm cookies. Uma das nossas grandes brigas. Sim, eu sou um Trekker. Vida longa e próspera é um lema em minha vida. Mas nunca fui daqueles que odiava Star Wars, apenas gostava mais de teletransporte, comunicadores, raios phasers e o toque vulcano quando comparado com as os sabres de luz, o uso da força e ter que tomar um partido na guerra.
Acho que meu fascínio com a comunicação sempre esteve em minhas veias. Desde criança passava horas num telefone. Na minha infância foram inventados os celulares. Os aparelhos mágicos que me conectavam a qualquer pessoa que tinha um telefone.
Aos quinze anos um aparelho celular foi o primeiro presente que me dei de verdade, aos doze anotava o telefone das meninas numa agenda de bolso, e sempre tinha uma caneta comigo, aos treze tinha comprado uma agenda eletrônica que já havia lotado de telefones, aos catorze, eu tinha uma calculadora HP 48G que também estava lotada com dados dos meus colegas e aos quinze o primeiro celular. Geralmente esses aparelhos tinham uma capacidade para 100 até 200 números de telefone. Sempre conseguia extrapolar, não foi diferente com o novo telefone.
Não que eu fosse um cara que pegava vários telefones das meninas. Isso tudo era conseqüência de desde cedo ter sido representante de turma, feito alguns trabalhos voluntários e como um dos pouco que possuía um telefone móvel, era um ponto de referência.
Mas lembro que minha adolescência foi marcada por uma série de conquistas de números de telefone, e apenas 2 vezes os números foram errados. Dois grandes traumas que contarei outra hora. Poucos os sucessos em ligar após pegar o telefone. O tempo passava rápido demais.
Paty era desprendida, uma personificação de seus longos cabelos negros e lisos que brilhavam que destacavam sua pele pálida. Não possuía telefone celular, odiava o sentimento de ser observada. Era uma garota segura quanto a nossa relação e seu maior mérito era a confiança.
Nos reencontramos numa casa noturna, ela estava acompanhada de um amigo e eu estava matando saudades de Léa um tempo antes num barzinho onde bebi várias cachaças artesanais aromatizadas.
Avistei Paty na fila, nos abraçamos para nos proteger do vento gelado.
Ela tinha covinhas no rosto e nas costas, seu abraço e suas mãos em meu peito criavam algum tipo de lembrança que passava um sentimento misto de proteção e carinho imenso. Horas de conversas para atualizar o papo e beijos no rosto na despedida.
Ficamos depois de um cinema, após assistir todo filme, pode ser pouco romântico, mas como cinéfilos, era uma atitude óbvia.
Ela respeitava minhas sessões de RPG e minhas idas aos bares. SIM, sou o tipo de nerds social. Consigo compatibilizar vida amorosa, social e ainda reservo tempo para ter hobbies. E acho que isso era um dos motivos para nossa relação começar. Dar uma chance para os outros é difícil, mas quando as pessoas dão a chance para você, eu não costumo hesitar.
A vida na cama era excelente, porém tempo passou e a relação esfriou, por mais perfeita que fosse ainda faltava algo.
Talvez dessa vez eu tivesse encontrado alguém mais nerds que eu. Talvez ela precisasse da minha companhia para seus jogos.
Não, eu tinha me tornado o cara divertido. O cara divertido do bar, o cara divertido na cama. Um palhaço, um comediante stand up, um bobo da corte que improvisava em qualquer platéia.
Vi que aos poucos ela me afastava de sua rotina, de seu dia-a-dia.
Descobrir que divertido pode ser conveniente, mas não suficiente.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Quando namorei Patrícia foi uma experiência interessante. Após passar um ano tendo as melhores e piores experiências da minha vida, tinha encontrado uma garota que parecia valer a pena.
Naquele ano estava numa fase de aproveitar a vida, ou apenas me deixar levar. Tinha um estilo legal, mas ainda não era um “Win Lord” (um vencedor no jogo da conquista). Minhas amigas diziam que eu estava mais para um “wannabe galinha” (um cara que se fazia de pegador). Mas no fundo continuava ser o mesmo romântico casualmente rápido na pegada, com frases nocauteantes e algumas vezes entediantes discursos que me deixavam falar com as paredes.
Talvez um pouco confiante nuns dias, desesperado em outros, mas um pouco largado e preguiçoso.
Nos conhecemos alguns anos antes, numa reunião de amigos - um churrasco com muita bebida, onde nos perdemos em braços diferentes. Ela tinha uma conversa legal. Não se apresentava timidamente. Personalidade forte com opiniões fundamentadas.
Garota batalhadora, esforçada em alguns momentos. Tinha uma relação de amor e ódio com a família. Acredito que grande parte pelo negócio familiar em que trabalhavam.
Paty era uma “gamer girl”, viciada em jogos de computador e videogames. Seu conhecimento “nerds” era vasto. Gostava de Marion Zimmer Bradley, Bernard Cornwell, Anne Rice, George R. R. Martin, mas não gostava de Douglas Adams.
Dizia que eu deveria conhecer melhor Neil Gaiman, e não era a primeira pessoa que me recomendava. Na verdade, conhecia pouco, ainda conheço pouco. Uma linda garota gótica me indicou ler mais e sua irmã insistiu. Outras duas amigas com gostos parecidos com o meu também recomendaram. Mas destas garotas falo em outra história.
Tinha uma opinião forte sobre Star Wars. Era do tipo que dizia que no lado negro da força eles têm cookies. Uma das nossas grandes brigas. Sim, eu sou um Trekker. Vida longa e próspera é um lema em minha vida. Mas nunca fui daqueles que odiava Star Wars, apenas gostava mais de teletransporte, comunicadores, raios phasers e o toque vulcano quando comparado com as os sabres de luz, o uso da força e ter que tomar um partido na guerra.
Acho que meu fascínio com a comunicação sempre esteve em minhas veias. Desde criança passava horas num telefone. Na minha infância foram inventados os celulares. Os aparelhos mágicos que me conectavam a qualquer pessoa que tinha um telefone.
Aos quinze anos um aparelho celular foi o primeiro presente que me dei de verdade, aos doze anotava o telefone das meninas numa agenda de bolso, e sempre tinha uma caneta comigo, aos treze tinha comprado uma agenda eletrônica que já havia lotado de telefones, aos catorze, eu tinha uma calculadora HP 48G que também estava lotada com dados dos meus colegas e aos quinze o primeiro celular. Geralmente esses aparelhos tinham uma capacidade para 100 até 200 números de telefone. Sempre conseguia extrapolar, não foi diferente com o novo telefone.
Não que eu fosse um cara que pegava vários telefones das meninas. Isso tudo era conseqüência de desde cedo ter sido representante de turma, feito alguns trabalhos voluntários e como um dos pouco que possuía um telefone móvel, era um ponto de referência.
Mas lembro que minha adolescência foi marcada por uma série de conquistas de números de telefone, e apenas 2 vezes os números foram errados. Dois grandes traumas que contarei outra hora. Poucos os sucessos em ligar após pegar o telefone. O tempo passava rápido demais.
Paty era desprendida, uma personificação de seus longos cabelos negros e lisos que brilhavam que destacavam sua pele pálida. Não possuía telefone celular, odiava o sentimento de ser observada. Era uma garota segura quanto a nossa relação e seu maior mérito era a confiança.
Nos reencontramos numa casa noturna, ela estava acompanhada de um amigo e eu estava matando saudades de Léa um tempo antes num barzinho onde bebi várias cachaças artesanais aromatizadas.
Avistei Paty na fila, nos abraçamos para nos proteger do vento gelado.
Ela tinha covinhas no rosto e nas costas, seu abraço e suas mãos em meu peito criavam algum tipo de lembrança que passava um sentimento misto de proteção e carinho imenso. Horas de conversas para atualizar o papo e beijos no rosto na despedida.
Ficamos depois de um cinema, após assistir todo filme, pode ser pouco romântico, mas como cinéfilos, era uma atitude óbvia.
Ela respeitava minhas sessões de RPG e minhas idas aos bares. SIM, sou o tipo de nerds social. Consigo compatibilizar vida amorosa, social e ainda reservo tempo para ter hobbies. E acho que isso era um dos motivos para nossa relação começar. Dar uma chance para os outros é difícil, mas quando as pessoas dão a chance para você, eu não costumo hesitar.
A vida na cama era excelente, porém tempo passou e a relação esfriou, por mais perfeita que fosse ainda faltava algo.
Talvez dessa vez eu tivesse encontrado alguém mais nerds que eu. Talvez ela precisasse da minha companhia para seus jogos.
Não, eu tinha me tornado o cara divertido. O cara divertido do bar, o cara divertido na cama. Um palhaço, um comediante stand up, um bobo da corte que improvisava em qualquer platéia.
Vi que aos poucos ela me afastava de sua rotina, de seu dia-a-dia.
Descobrir que divertido pode ser conveniente, mas não suficiente.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
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