NÃO UM TRIÂNGULO AMOROSO, TALVEZ UMA TRILOGIA AMOROSA – parte I
Triângulos amorosos, envolvem três pessoas e implica que duas dessas pessoas estejam envolvidas romanticamente a uma mesma pessoa, ou ainda, que cada uma sinta alguma coisa pelos outros dois.
Já me envolvi em relacionamentos onde amigos gostaram da mesma pessoa que, ou ainda, que ficaram com os alvos amorosos antes ou depois de mim. Nada de extraordinário. nada como a Quadrilha de Carlos Drummond de Andrade, ou a Flor da idade de Chico Buarque. Numa turma em especial, era mais como um jogo de ligação de pessoas onde tínhamos coringas que ficaram com quase todos. (Não, eu não era um desses coringas.)
Vou chama de trilogia não porque dividirei em três partes. Chamarei de trilogia por envolver três histórias. Não histórias sequenciais, histórias simultâneas. Histórias de três relacionamentos sem compromisso nenhum, mas com carinho, amor, ódio, doçura, canalhice e cafagestagem.
A parte dos três relacionamentos são dedicados aos meus apenas três relacionamentos. Pelo que eu sei, envolve muito mais gente e elas um dia quem sabe contarão.
Eu era um garoto com apenas 20 anos, calouro na faculdade. Digamos que com eles aprendi muita coisa, posso resumir em 3: vontade, tempo e desejo.
Larissa, Keli e Diane.
Vou começar por Keli, ela era minha confidente na adolescência. Gostávamos de conversar sobre nossos relacionamentos. Eu estava com Vivian na época e ela com Ramirez. Lembro da primeira imagem dela. Uma garota oriental com uma mecha de cabelo dourado em seus longos cabelos negros. Magra, muito magra e com aparelhos de borrachas verde. Olhos cor de mel, com roupas largas, não era difícil confundi-la com um rapaz. Essa imagem é seguida por um X-salada e coca-cola, e obviamente com maionese escorrendo pelo sanduíche.
Não era uma imagem romântica. Lembre-se que eu estava apaixonado por Vivian. Keli gostava de coisas de garotos: filmes de garotos, bandas de garotos, desenhos de garotos e principalmente gostava de garotos.
Ela tinha seus gostos de garota e gostos por garotas. Mas não é disso que se trata a história.
Passávamos noites conversando, minha companhia de ICQ e começo do MSN.
Tinha desenhos de vários tipos de traços. Isso é uma qualidade artística que sempre chamou minha atenção.
Ela não acreditava em signos zodiacais, ela era perita em sinais. Sabia usar a palavra certa na hora certa. Sabia não falar num momento decisivo. Seus gestos, cada movimento era sexy. Criava cores em seus cabelos, cortes que ela mesma fazia. Transformava panos em vestimentas e sabia escolher os poucos acessórios que usava.
Os perfumes, adorava masculinos. Nunca os masculinos demais. Era marcante e sedutora. Tinha um olhar safado inesquecível.
Nos aproximamos mais por brincadeira. Éramos amigos já fazia algum tempo. Tínhamos alguns gostos semelhantes e resolvemos ir ao cinema. Acabamos ficando. Uma, duas, três vezes. Nosso relacionamento não tinha cobranças. Um passatempo muito divertido.
Eu ainda inocente. Um garoto perto de uma mulher, como diria Leoni.
Lembra da história da marca no rosto? Então, aquela não era a única história sobre tapas na minha vida. Com Keli lembro de duas, fora essas, creio que mais umas duas.
O primeiro tapa que levei de Keli foi aos 18 anos, estávamos saindo de uma discoteca GLS, nos atracando pelas ruas da cidade. Entre beijos ferozes e puxões de cabelos excitantes, paramos em frente de sua residência, um condomínio com portaria.
E no auge dos meus 18 anos ela pergunta. - O que você quer comigo?
Eu respondo: - Só sexo.
Um tapa instantâneo surge que me vira o rosto com crueldade.
Ela emenda: - Sabia que sinceridade machuca?
Eu respondo: - Não estava sendo sincero, estava sendo cínico. (Pensei comigo: Impudente; obsceno; impudico.)
Não nos falamos por 2 anos.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb

Mídias, artigos acadêmicos, multidisciplinaridade, arte, história em quadrinhos, contos, poesias, tirinhas, fotos, imagens. Diário de um artista amador.
artista:def. pessoa que cultiva as belas-artes ou as artes mecânicas; pessoa que exerce uma arte; amante das artes; talentoso; astuto, manhoso.
amador:def. namorador; apreciador; cultor curioso de qualquer arte; aquele que tem conhecimentos pouco aprofundados sobre determinado assunto.
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quinta-feira, 17 de maio de 2012
quarta-feira, 9 de maio de 2012
DESPEDIDA DE LARISSA
DESPEDIDA DE LARISSA
Kevin,
Obrigada por não ligar neste dia 1º de janeiro, motivo que facilitou a minha tomada de decisão.
Não que esse seja "O MOTIVO", mas não é a 1ª vez que isso acontece, e espero que seja a última.
Não sei se é egoísmo seu, medo, ou seja lá o que for. Cansei. Cuidar de alguém, por caridade, não é mais para mim.
Me dói muito escrever tudo isso, mas não aguento mais.
Em resumo, estou cansada. Cansada de esperar, de nunca ter uma resposta, de ser sempre deixado de lado, para depois.
Eu sei que as coisas são difíceis para você, mas para mim, elas também nunca foram fáceis. Sei que errei, que me precipitei algumas vezes, mas acho que fiz o meu melhor para você na maioria das vezes.
Mas acredito que o melhor é nos afastarmos. Não é possível te amar medianamente. Não para mim. Não consigo ser só sua amiga, e na verdade, nem quero.
Você é uma pessoa fantástica, mas seu descaso comigo, me mata. Não gosto de falar com você uma vez a cada 2 meses. Parece que quanto eu mais me aproximo, mais você quer se afastar. Até consigo entender, pois eu também faço isso as vezes.
Você diz que morre de ciúmes de mim, mas nunca disse que me amava, não do modo que eu te amo. Você às vezes fala em saudade, mas acho que você não me dá atenção.
Nesse tempo todo que nos conhecemos, mudei bastante. Acho que estou séria e prática demais. E tenho que abandonar ou consolidar algumas coisas para seguir meu caminho.
Gostaria de namorar com você, construir uma vida contigo. Fazer planos e concretizá-los com você. Não só brincar de fazer planos.
Você é a pessoa por quem mais sofri, que me fez mudar, para ser quem sou.
Te amo muito.
Quem sabe algum dia você mude de idéia, e me mostre que eu estava errada. Mas por hoje, a única coisa que percebo é a falta de atenção. Cansei de entender e não ser entendida.
quem sabe um dia a gente se vê...
mas se não for para ficar para sempre contigo...
acho que nunca seria melhor.
carinhosamente, Larissa
Larissa - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Kevin,
Obrigada por não ligar neste dia 1º de janeiro, motivo que facilitou a minha tomada de decisão.
Não que esse seja "O MOTIVO", mas não é a 1ª vez que isso acontece, e espero que seja a última.
Não sei se é egoísmo seu, medo, ou seja lá o que for. Cansei. Cuidar de alguém, por caridade, não é mais para mim.
Me dói muito escrever tudo isso, mas não aguento mais.
Em resumo, estou cansada. Cansada de esperar, de nunca ter uma resposta, de ser sempre deixado de lado, para depois.
Eu sei que as coisas são difíceis para você, mas para mim, elas também nunca foram fáceis. Sei que errei, que me precipitei algumas vezes, mas acho que fiz o meu melhor para você na maioria das vezes.
Mas acredito que o melhor é nos afastarmos. Não é possível te amar medianamente. Não para mim. Não consigo ser só sua amiga, e na verdade, nem quero.
Você é uma pessoa fantástica, mas seu descaso comigo, me mata. Não gosto de falar com você uma vez a cada 2 meses. Parece que quanto eu mais me aproximo, mais você quer se afastar. Até consigo entender, pois eu também faço isso as vezes.
Você diz que morre de ciúmes de mim, mas nunca disse que me amava, não do modo que eu te amo. Você às vezes fala em saudade, mas acho que você não me dá atenção.
Nesse tempo todo que nos conhecemos, mudei bastante. Acho que estou séria e prática demais. E tenho que abandonar ou consolidar algumas coisas para seguir meu caminho.
Gostaria de namorar com você, construir uma vida contigo. Fazer planos e concretizá-los com você. Não só brincar de fazer planos.
Você é a pessoa por quem mais sofri, que me fez mudar, para ser quem sou.
Te amo muito.
Quem sabe algum dia você mude de idéia, e me mostre que eu estava errada. Mas por hoje, a única coisa que percebo é a falta de atenção. Cansei de entender e não ser entendida.
quem sabe um dia a gente se vê...
mas se não for para ficar para sempre contigo...
acho que nunca seria melhor.
carinhosamente, Larissa
Larissa - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
terça-feira, 8 de maio de 2012
MÁSCARAS
MÁSCARAS
Não vejo problemas em usar máscaras, o problema que vejo é a falta de caráter. Vestir um personagem, interpretar o seu papel na vida. Viver é uma arte. Personagem é um substantivo feminino ou masculino que desempenha um papel.
Separar a vida da arte, tão difícil quanto separar sonhos da realidade. "Sou um homem que sonhou que era uma borboleta? Ou sou uma borboleta sonhando que transformou-se em um homem?" Encontrar o seu papel.
Seja a vida para alguns: cenário ou platéia ou expectador ou palco. Desculpe-me, mas a vida para mim é história.
Na minha história: protagonista, co-protagonista, antagonista, oponente, coadjuvante e figurante. Já fui todos e posso contar em diferentes perspectivas.
Gosto de ser o protagonista de minhas decisões, o co-protagonista de minhas paixões, o antagonista de meus problemas, o oponente dos problemas de meus amigos, desejo ser coadjuvante na vida de meus filhos e no mímino um figurante na história do universo.
Interpreto muitos papéis diariamente, papéis que aprendi através da minha formação. A educação e a formação de caráter fazem a diferença em qualquer tomada de decisão.
Utilizar máscaras para mim, é o mesmo que vestir um terno que usar maquiagens. É de certa forma encobrir ou ocultar, ou de modo contrário enfatizar. É como saber aplicar a luz de palco, é para onde direcionar o holofote.
Acredito em camadas em que as pessoas reagem de modo diferente em cada nível. Nível de relacionamentos, de comunicação interpessoal.
Não sou hipócrita de dizer que trato todos iguais. É óbvio que não choro quando qualquer um morre. (Dizem que morrem 3 pessoas no mundo a cada segundo, se eu chorasse por todos, seria comédia ou tragédia?) É claro que me importo com os outro. É evidente que temos sentimentos diferenciados por graus e tipos.
O caráter é a firmeza, a propriedade da pessoa. O que distingue a índole e gênio. É o que dá dignidade para alguém.
` Usar máscaras não é necessariamente mentir, é mostrar uma face de modo que se torne mais apresentável. Porém, quando se mostra a mentira, se mostra seu pior lado.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Não vejo problemas em usar máscaras, o problema que vejo é a falta de caráter. Vestir um personagem, interpretar o seu papel na vida. Viver é uma arte. Personagem é um substantivo feminino ou masculino que desempenha um papel.
Separar a vida da arte, tão difícil quanto separar sonhos da realidade. "Sou um homem que sonhou que era uma borboleta? Ou sou uma borboleta sonhando que transformou-se em um homem?" Encontrar o seu papel.
Seja a vida para alguns: cenário ou platéia ou expectador ou palco. Desculpe-me, mas a vida para mim é história.
Na minha história: protagonista, co-protagonista, antagonista, oponente, coadjuvante e figurante. Já fui todos e posso contar em diferentes perspectivas.
Gosto de ser o protagonista de minhas decisões, o co-protagonista de minhas paixões, o antagonista de meus problemas, o oponente dos problemas de meus amigos, desejo ser coadjuvante na vida de meus filhos e no mímino um figurante na história do universo.
Interpreto muitos papéis diariamente, papéis que aprendi através da minha formação. A educação e a formação de caráter fazem a diferença em qualquer tomada de decisão.
Utilizar máscaras para mim, é o mesmo que vestir um terno que usar maquiagens. É de certa forma encobrir ou ocultar, ou de modo contrário enfatizar. É como saber aplicar a luz de palco, é para onde direcionar o holofote.
Acredito em camadas em que as pessoas reagem de modo diferente em cada nível. Nível de relacionamentos, de comunicação interpessoal.
Não sou hipócrita de dizer que trato todos iguais. É óbvio que não choro quando qualquer um morre. (Dizem que morrem 3 pessoas no mundo a cada segundo, se eu chorasse por todos, seria comédia ou tragédia?) É claro que me importo com os outro. É evidente que temos sentimentos diferenciados por graus e tipos.
O caráter é a firmeza, a propriedade da pessoa. O que distingue a índole e gênio. É o que dá dignidade para alguém.
` Usar máscaras não é necessariamente mentir, é mostrar uma face de modo que se torne mais apresentável. Porém, quando se mostra a mentira, se mostra seu pior lado.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
segunda-feira, 7 de maio de 2012
LIVROS
LIVROS
Era uma vez, um cara que todos os dias na hora do almoço, entrava na biblioteca para estudar. Esse cara tinha um gosto estranho, freqüentava diariamente a seção de filosofia e sociologia, e lia livros de psicologia e simbolismo principalmente, Joseph Campbell sempre estava em sua mesa.
Tinha o hábito de freqüentar a sala de quadrinhos semanalmente e adorava jogar xadrez com os idosos.
Para algumas garotas, ele podia se tratar de um livro mal escrito, por ser estranho, complexo e difícil de entender.
Ele era um rapaz simpático, porém sempre concentrado. Entre ósculos e amplexos revelava que não podia ser tão estranho assim. Quando questionado sempre respondia com educação. Alguns julgavam pela capa, mas numa conversa casual se demonstrava interessante.
Um dia ele se conheceu uma garota que estava agitada e descia as escadas correndo quando nele ela esbarrou. Os livros carregados por eles se espalharam, e com ele ela gritou: - Olhe para onde anda!
E ele respondeu: - Eu olho, mas não corra pelas escadas.
Na verdade, ele a censurou.
A garota tímida, aceita os livros por ele juntados e sentam-se juntos na mesma mesa para ler.
Ficam de frente um para outro, e os olhares se encontram por cima das margens superiores de suas páginas e resolvem as mesmas não virar.
Congelados, sem jeito, enquanto duas histórias simplesmente congelam, uma nova história começa a se desenrolar.
A trama se passa entre a garota que estudava teatro e interpretação e o rapaz que se interessava por publicidade e psicologia. E se encontravam todo dia, e depois de uma semana viram que já não conseguiam estudar.
Ele passou a ser um livro aberto, contava sonhos, discutia hipóteses e entre fantasias e devaneios estava sempre reservado um lugar para ela.
Ela passou a sobrecapa, capa, a guarda, a ante-rosto, em cada estágio, deixou marcas e abriu sem cuidado, prestou pouca atenção até o espelho.
O colofão tinha informações detalhadas, mas sem interesses ela olhou. Gostou do sumário, e no índice foi direto ao final ela buscou.
Ela era mais individualista e sem mais, um dia pegou a estrada num espetáculo e apenas um ósculo direto ao rosto ela deixou.
E os dias passaram, páginas amarelas, cantos marcados, orelhas passadas.
No conto, a princesa virou bruxa, o garoto foi à luta e sonho mudou e pelas estradas eles cavalgam até que um dia ela o encontrou.
A procura foi suave, não uma jornada, nada de missão. O acaso tratou de colocar ambos numa mesma ocasião.
O enredo foi num bar, numa noite clara de lua cheia. O reconhecimento imediato e a conversa divertida.
Porém, cada história tomou um rumo e quando emparelhados uma das lombadas estava invertida.
Sem padrão inglês ou francês as línguas agora se descobriam. E novamente ao badalar do relógio novamente ela fugia.
Um forte amplexo e sem frescura um beijo ela arrancou novamente do rapaz. E de enfrentar a realidade novamente ela foi incapaz.
Na saída da cidade com dó ela olhou para trás e agora com certa esperança, o desejo de criança, uma imagem de pessoa fullgás.
E o ardil se perdera muito cedo, antes mesmo de chegar na cama. Até nunca mais.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Era uma vez, um cara que todos os dias na hora do almoço, entrava na biblioteca para estudar. Esse cara tinha um gosto estranho, freqüentava diariamente a seção de filosofia e sociologia, e lia livros de psicologia e simbolismo principalmente, Joseph Campbell sempre estava em sua mesa.
Tinha o hábito de freqüentar a sala de quadrinhos semanalmente e adorava jogar xadrez com os idosos.
Para algumas garotas, ele podia se tratar de um livro mal escrito, por ser estranho, complexo e difícil de entender.
Ele era um rapaz simpático, porém sempre concentrado. Entre ósculos e amplexos revelava que não podia ser tão estranho assim. Quando questionado sempre respondia com educação. Alguns julgavam pela capa, mas numa conversa casual se demonstrava interessante.
Um dia ele se conheceu uma garota que estava agitada e descia as escadas correndo quando nele ela esbarrou. Os livros carregados por eles se espalharam, e com ele ela gritou: - Olhe para onde anda!
E ele respondeu: - Eu olho, mas não corra pelas escadas.
Na verdade, ele a censurou.
A garota tímida, aceita os livros por ele juntados e sentam-se juntos na mesma mesa para ler.
Ficam de frente um para outro, e os olhares se encontram por cima das margens superiores de suas páginas e resolvem as mesmas não virar.
Congelados, sem jeito, enquanto duas histórias simplesmente congelam, uma nova história começa a se desenrolar.
A trama se passa entre a garota que estudava teatro e interpretação e o rapaz que se interessava por publicidade e psicologia. E se encontravam todo dia, e depois de uma semana viram que já não conseguiam estudar.
Ele passou a ser um livro aberto, contava sonhos, discutia hipóteses e entre fantasias e devaneios estava sempre reservado um lugar para ela.
Ela passou a sobrecapa, capa, a guarda, a ante-rosto, em cada estágio, deixou marcas e abriu sem cuidado, prestou pouca atenção até o espelho.
O colofão tinha informações detalhadas, mas sem interesses ela olhou. Gostou do sumário, e no índice foi direto ao final ela buscou.
Ela era mais individualista e sem mais, um dia pegou a estrada num espetáculo e apenas um ósculo direto ao rosto ela deixou.
E os dias passaram, páginas amarelas, cantos marcados, orelhas passadas.
No conto, a princesa virou bruxa, o garoto foi à luta e sonho mudou e pelas estradas eles cavalgam até que um dia ela o encontrou.
A procura foi suave, não uma jornada, nada de missão. O acaso tratou de colocar ambos numa mesma ocasião.
O enredo foi num bar, numa noite clara de lua cheia. O reconhecimento imediato e a conversa divertida.
Porém, cada história tomou um rumo e quando emparelhados uma das lombadas estava invertida.
Sem padrão inglês ou francês as línguas agora se descobriam. E novamente ao badalar do relógio novamente ela fugia.
Um forte amplexo e sem frescura um beijo ela arrancou novamente do rapaz. E de enfrentar a realidade novamente ela foi incapaz.
Na saída da cidade com dó ela olhou para trás e agora com certa esperança, o desejo de criança, uma imagem de pessoa fullgás.
E o ardil se perdera muito cedo, antes mesmo de chegar na cama. Até nunca mais.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
sexta-feira, 4 de maio de 2012
MAY THE 4TH BE WITH YOU!
MAY THE 4TH BE WITH YOU!
Desde o surgimento dos meios de comunicação a vida vem sendo manipulada para que se compre a felicidade. Vendidas em massa, enlatados com marcas, nomes - os conhecidos produtos nos são oferecidos e empurrados mesmo sem nossa procura.
Quem não deseja uma internet mais fácil, uma tecnologia para a vida, a vida na sua mão, as melhores coisas da vida?
Slogans, as expressões de fácil memorização, repetitivas com alguma idéia ou propósito. Geralmente com propósito comercial, algumas com carácter social. Estão presente, explodindo em narrações e brilhando aos olhos desatentos. Turbilhão de pensamentos direcionados, muitas vezes não consciente.
Um dos meus favoritos? “Que a força esteja com você.” Frase da famosa saga Star Wars, é um lema da cultura pop com algum sentido espiritual.
O dia 4 de maio é considerado o Star Wars Day, devido ao trocadilho, ou paronomásia da frase “May the Force be with you” com "May the fourth be with you". Cuja a tradução da segunda, seria: “Que o 4 de maio esteja com você.”
Para a maioria das pessoas uma data normal. Para mim, uma comemoração de um dia nerds. Star Wars se tornou uma forte referência na cultura pop.
Desenhos como: The Simpsons, Futurama, Grim & Evil, The Fairly OddParents, Muppet Babies;prestam homenagens à saga. Em especial Family Guy que dedica alguns filmes inteiros à Star Wars.
Filmes como: Austin Powers, As Viagens de Gulliver, Os Homens que Encaravam Cabras, Uma Noite no Museu 2, e ainda Fanboys que é todo dedicado ao Clássico dos cinemas.
Os seriados de tv também prestam suas homenagens: The Big Bang Theory, Two and a Half Men, Supernatural, How I Met Your Mother – que além de usar várias menções, dedica o episódio Trilogy Time para mostrar a devoção de alguns personagens ao histórico filme.
Voltando ainda mais no tempo, aos catorze anos conheci Vitória, uma garota descolada, um pouco cult, gostava de blues e jazz. Era loira, olhos claros, tinha como sonho ser enfermeira. Era bastante patricinha, já tinha seus 15 anos e era muito inteligente. (Naquela época, ser inteligente era se ter boas notas no colégio, ela tinha, nada excepcional, mas chega bem perto das minhas),
Ela gostava muito de mim, mas na minha recém adolescência, mesmo sendo um cara tímido, tinha alguns desejos de mulher ideal. Era mais sonhador e acreditava que tudo sempre tinha que ter um final feliz. Mal sabia eu, que para alcançar esse final dependia de muita luta.
Adorávamos assistir De Volta Para o Futuro, O Poderoso Chefão e Indiana Jones. A trilogia favorita dela era Indiana Jones, a minha era De Volta Para o Futuro.
Até que na hora do intervalo entre as aulas, estávamos sentados na lanchonete e comentaram sobre o lançamento do episódio I de Star War. Ela perguntou, ingenuamente: - Star o quê?
O ano era 1996, as pessoas não eram tão ligadas em Star Wars, talvez Star Trek fosse mais conhecido (fique claro que sempre fui mais Trekker, mas gosto de Star Wars – não tenho a rivalidade demonstrada em Fanboys). A mídia naquela época não era voltada ao geeks. (Não era chic ser geek - era weird ser nerds).
A Mtv naquela época era um canal de música (brincadeiras a parte) que mal tinha seus 6 anos, séries de sucesso eram: Confissões de Adolescente, Beverly Hills, 90210 (Barrados no Baile), Melrose Place, Party of Five (O Quinteto) – a maioria dublada e passavam na rede globo ou tv cultura. Para ter uma idéia Malhação estava no seu segundo ano de novela e a tv acabo era para uma elite muito seleta.
Voltando a história de Vitória. Expliquei calmamente o que eu sabia sobre a Star Wars, a até então trilogia do cinema que despertava o interesse dos fãs de ficção científica.
Ela solta um olhar de desprezo e fala: - Ah, tá. Parece bem chato.
Eu argumento falando que prefiro Star Trek e etc... Mostro as diferenças das séries e tal.
Ela: - Vocês e esses papos de estrelinhas, são muito estranhos MESMO!
Eu indignado falo que é só uma opinião sobre ficção científica e tal. Assim, como De Volta Para o Futuro.
Ela: - Ok, para mim chega. Podem brincar com suas miniaturas, e fantasiar o quanto quiserem. Sei lá o que eu faço andando com vocês.
Eu: - Ãhm?
Vitória: - É, isso mesmo, eu to te deixando brincar com seus brinquedos. SO-ZI-NHO!
Eu: - Ok, eu ainda vou brincar com alguém que goste dos meus brinquedos.
Pois, é ... Resumo da história - perdi a Vitória. Por enquanto, dessa história, tem mais.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Desde o surgimento dos meios de comunicação a vida vem sendo manipulada para que se compre a felicidade. Vendidas em massa, enlatados com marcas, nomes - os conhecidos produtos nos são oferecidos e empurrados mesmo sem nossa procura.
Quem não deseja uma internet mais fácil, uma tecnologia para a vida, a vida na sua mão, as melhores coisas da vida?
Slogans, as expressões de fácil memorização, repetitivas com alguma idéia ou propósito. Geralmente com propósito comercial, algumas com carácter social. Estão presente, explodindo em narrações e brilhando aos olhos desatentos. Turbilhão de pensamentos direcionados, muitas vezes não consciente.
Um dos meus favoritos? “Que a força esteja com você.” Frase da famosa saga Star Wars, é um lema da cultura pop com algum sentido espiritual.
O dia 4 de maio é considerado o Star Wars Day, devido ao trocadilho, ou paronomásia da frase “May the Force be with you” com "May the fourth be with you". Cuja a tradução da segunda, seria: “Que o 4 de maio esteja com você.”
Para a maioria das pessoas uma data normal. Para mim, uma comemoração de um dia nerds. Star Wars se tornou uma forte referência na cultura pop.
Desenhos como: The Simpsons, Futurama, Grim & Evil, The Fairly OddParents, Muppet Babies;prestam homenagens à saga. Em especial Family Guy que dedica alguns filmes inteiros à Star Wars.
Filmes como: Austin Powers, As Viagens de Gulliver, Os Homens que Encaravam Cabras, Uma Noite no Museu 2, e ainda Fanboys que é todo dedicado ao Clássico dos cinemas.
Os seriados de tv também prestam suas homenagens: The Big Bang Theory, Two and a Half Men, Supernatural, How I Met Your Mother – que além de usar várias menções, dedica o episódio Trilogy Time para mostrar a devoção de alguns personagens ao histórico filme.
Voltando ainda mais no tempo, aos catorze anos conheci Vitória, uma garota descolada, um pouco cult, gostava de blues e jazz. Era loira, olhos claros, tinha como sonho ser enfermeira. Era bastante patricinha, já tinha seus 15 anos e era muito inteligente. (Naquela época, ser inteligente era se ter boas notas no colégio, ela tinha, nada excepcional, mas chega bem perto das minhas),
Ela gostava muito de mim, mas na minha recém adolescência, mesmo sendo um cara tímido, tinha alguns desejos de mulher ideal. Era mais sonhador e acreditava que tudo sempre tinha que ter um final feliz. Mal sabia eu, que para alcançar esse final dependia de muita luta.
Adorávamos assistir De Volta Para o Futuro, O Poderoso Chefão e Indiana Jones. A trilogia favorita dela era Indiana Jones, a minha era De Volta Para o Futuro.
Até que na hora do intervalo entre as aulas, estávamos sentados na lanchonete e comentaram sobre o lançamento do episódio I de Star War. Ela perguntou, ingenuamente: - Star o quê?
O ano era 1996, as pessoas não eram tão ligadas em Star Wars, talvez Star Trek fosse mais conhecido (fique claro que sempre fui mais Trekker, mas gosto de Star Wars – não tenho a rivalidade demonstrada em Fanboys). A mídia naquela época não era voltada ao geeks. (Não era chic ser geek - era weird ser nerds).
A Mtv naquela época era um canal de música (brincadeiras a parte) que mal tinha seus 6 anos, séries de sucesso eram: Confissões de Adolescente, Beverly Hills, 90210 (Barrados no Baile), Melrose Place, Party of Five (O Quinteto) – a maioria dublada e passavam na rede globo ou tv cultura. Para ter uma idéia Malhação estava no seu segundo ano de novela e a tv acabo era para uma elite muito seleta.
Voltando a história de Vitória. Expliquei calmamente o que eu sabia sobre a Star Wars, a até então trilogia do cinema que despertava o interesse dos fãs de ficção científica.
Ela solta um olhar de desprezo e fala: - Ah, tá. Parece bem chato.
Eu argumento falando que prefiro Star Trek e etc... Mostro as diferenças das séries e tal.
Ela: - Vocês e esses papos de estrelinhas, são muito estranhos MESMO!
Eu indignado falo que é só uma opinião sobre ficção científica e tal. Assim, como De Volta Para o Futuro.
Ela: - Ok, para mim chega. Podem brincar com suas miniaturas, e fantasiar o quanto quiserem. Sei lá o que eu faço andando com vocês.
Eu: - Ãhm?
Vitória: - É, isso mesmo, eu to te deixando brincar com seus brinquedos. SO-ZI-NHO!
Eu: - Ok, eu ainda vou brincar com alguém que goste dos meus brinquedos.
Pois, é ... Resumo da história - perdi a Vitória. Por enquanto, dessa história, tem mais.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
quinta-feira, 3 de maio de 2012
HOMENS SÃO GRAMPEADORES E MULHERES SÃO VIOLINOS
HOMENS SÃO GRAMPEADORES E MULHERES SÃO VIOLINOS
Estávamos discutindo sobre o “Big Five” que na psicologia são cinco fatores da personalidade, baseado em uma análise lingüística e tentam descrever minimamente as dimensões da personalidade, dividindo-a em: Instabilidade Emocional (raiva, ansiedade, depressão – estresse), Extroversão (confiantes, estimuladores, espontâneos – contatos), Amabilidade (gentil, empática, cooperante - boa relação), Conscienciosidade (atenciosa, perseverante, auto-disciplina – responsável) e a Abertura para o Novo (arte, emoção, aventura, idéias fora do comum, imaginação, curiosidade - sentir). Onde se pode enfatizar essas características ou ver a falta delas.
Até que chega outro amigo (Henrique) e acha que estamos discutindo sobre relacionamentos e tentando classificar as pessoas. (De certa forma ele estava certo).
Já alcoolizado, ele grita: - HOMENS SÃO GRAMPEADORES E MULHERES SÃO VIOLINOS!
Essa frase mudou o rumo de nossa discussão aparentemente séria. Ele, enfatizando seu lado engenheiro, solta:
- Simples: Grampeadores são ferramentas objetivas, pesados, geralmente deselegantes, simples e barulhentos. Precisam ser recarregados de seus grampos que espalham por aí, violentando papéis, madeira, tecidos. Unem pela força.
E Henrique continua:
- Logicamente as mulheres são os Violinos: pela forma, tons agudos, bonitos, refinados, complexos e precisam de maiores cuidados. Podem tocar agradáveis músicas ou irritar qualquer ser humano são.
Ok, esses simples argumentos nos convenceram. Tem horas que a psicologia mais complica que resolve.
Definitivamente homens são grampeadores e mulheres são violinos.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Estávamos discutindo sobre o “Big Five” que na psicologia são cinco fatores da personalidade, baseado em uma análise lingüística e tentam descrever minimamente as dimensões da personalidade, dividindo-a em: Instabilidade Emocional (raiva, ansiedade, depressão – estresse), Extroversão (confiantes, estimuladores, espontâneos – contatos), Amabilidade (gentil, empática, cooperante - boa relação), Conscienciosidade (atenciosa, perseverante, auto-disciplina – responsável) e a Abertura para o Novo (arte, emoção, aventura, idéias fora do comum, imaginação, curiosidade - sentir). Onde se pode enfatizar essas características ou ver a falta delas.
Até que chega outro amigo (Henrique) e acha que estamos discutindo sobre relacionamentos e tentando classificar as pessoas. (De certa forma ele estava certo).
Já alcoolizado, ele grita: - HOMENS SÃO GRAMPEADORES E MULHERES SÃO VIOLINOS!
Essa frase mudou o rumo de nossa discussão aparentemente séria. Ele, enfatizando seu lado engenheiro, solta:
- Simples: Grampeadores são ferramentas objetivas, pesados, geralmente deselegantes, simples e barulhentos. Precisam ser recarregados de seus grampos que espalham por aí, violentando papéis, madeira, tecidos. Unem pela força.
E Henrique continua:
- Logicamente as mulheres são os Violinos: pela forma, tons agudos, bonitos, refinados, complexos e precisam de maiores cuidados. Podem tocar agradáveis músicas ou irritar qualquer ser humano são.
Ok, esses simples argumentos nos convenceram. Tem horas que a psicologia mais complica que resolve.
Definitivamente homens são grampeadores e mulheres são violinos.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
quarta-feira, 2 de maio de 2012
MONSTROS DA NOITE
MONSTROS DA NOITE
A noite são loucas, longas ou curtas dependem do divertimento e do grau alcoólico. Costumo contar o tempo em doses, copos ou garrafas; algumas vezes ainda me divirto contando músicas.
Tenho algumas amnésias alcoólicas. Esqueço nomes, assuntos e detalhes que reparo. Algumas vezes minhas noites são rotinas e acabo perdendo a diversão ou sendo o centro dela.
O maior problema acontece com as garotas fantasmas. As garotas fantasmas são aquelas que conheço durante a noite, quando a iluminação está fraca e a conversas ao pé do ouvido. A lembrança delas é vaga, algumas me assustam por me divertirem de maneira excepcional e no dia seguinte não lembro nem o nome. Algumas chegam a dar calafrios e pediria ajuda ao Dr. Peter Venkman (personagem de Bill Murray) para caçá-las, aposto que ele seriam um excelente wing.
Juro que não é maldade, simplesmente esqueço. Lembro de detalhes da conversa, algumas vezes a fisionomia.
Adoro quando as reencontro e elas me cumprimentam primeiro, dizem que eu tenho um rosto fácil e único, mas eu tento agir naturalmente, mesmo sem lembrar. Deve existir alguma técnica para facilitar, talvez pesquise sobre políticos e artistas para ver se eles possuem algum segredo.
Algumas vezes participo de jogos alcoólicos. O meu favorito é "Jogo de Assoprar Cartas" ou “Fadinha”. Ele consiste em assoprar um maço de cartas que fica em cima de um copo, sendo que se deve derrubar no mínimo uma carta. O problema é que não se pode derrubar a última carta do maço, sendo que se você derrubar essa carta deve-se virar uma dose de bebida alcoólica. Se o infeliz conseguir derrubar o copo junto, bebe-se uma dose dupla. Mas se você acha que esse jogo prejudica o jogador que só tem a opção de assoprar a última carta, está enganado. Caso o jogador consiga fazer a última carta "dar um mortal", ou seja, assoprar de uma maneira que a carta vire e caia estável em cima do copo. Todos os "outros" jogadores devem beber uma dose e contemplar o ato heróico.
A noite é cheia de vampiros sociais também, aqueles que sempre aparecem e tentar sugar contatos, abordar com assuntos desagradáveis e parecer popular, também chamados de pagadores de coca-cola que tentam de maneira desesperada arranjar uma turma. Eles pode ser dos que cobram comportamentos, criticam negativamente, grudam nas pessoas, reclamadores, bajuladores, lamentadores, negativistas e encrenqueiros.
A noite é cheia de mistérios e arquétipos: desde lobas e lobos, fadas, fantasmas, vampiros, dragões, múmias, zumbis e etc.
Quando sair, arme-se de bons pensamentos e boas intenções, pois nunca sabemos que categorias de monstros podemos encontrar.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
A noite são loucas, longas ou curtas dependem do divertimento e do grau alcoólico. Costumo contar o tempo em doses, copos ou garrafas; algumas vezes ainda me divirto contando músicas.
Tenho algumas amnésias alcoólicas. Esqueço nomes, assuntos e detalhes que reparo. Algumas vezes minhas noites são rotinas e acabo perdendo a diversão ou sendo o centro dela.
O maior problema acontece com as garotas fantasmas. As garotas fantasmas são aquelas que conheço durante a noite, quando a iluminação está fraca e a conversas ao pé do ouvido. A lembrança delas é vaga, algumas me assustam por me divertirem de maneira excepcional e no dia seguinte não lembro nem o nome. Algumas chegam a dar calafrios e pediria ajuda ao Dr. Peter Venkman (personagem de Bill Murray) para caçá-las, aposto que ele seriam um excelente wing.
Juro que não é maldade, simplesmente esqueço. Lembro de detalhes da conversa, algumas vezes a fisionomia.
Adoro quando as reencontro e elas me cumprimentam primeiro, dizem que eu tenho um rosto fácil e único, mas eu tento agir naturalmente, mesmo sem lembrar. Deve existir alguma técnica para facilitar, talvez pesquise sobre políticos e artistas para ver se eles possuem algum segredo.
Algumas vezes participo de jogos alcoólicos. O meu favorito é "Jogo de Assoprar Cartas" ou “Fadinha”. Ele consiste em assoprar um maço de cartas que fica em cima de um copo, sendo que se deve derrubar no mínimo uma carta. O problema é que não se pode derrubar a última carta do maço, sendo que se você derrubar essa carta deve-se virar uma dose de bebida alcoólica. Se o infeliz conseguir derrubar o copo junto, bebe-se uma dose dupla. Mas se você acha que esse jogo prejudica o jogador que só tem a opção de assoprar a última carta, está enganado. Caso o jogador consiga fazer a última carta "dar um mortal", ou seja, assoprar de uma maneira que a carta vire e caia estável em cima do copo. Todos os "outros" jogadores devem beber uma dose e contemplar o ato heróico.
A noite é cheia de vampiros sociais também, aqueles que sempre aparecem e tentar sugar contatos, abordar com assuntos desagradáveis e parecer popular, também chamados de pagadores de coca-cola que tentam de maneira desesperada arranjar uma turma. Eles pode ser dos que cobram comportamentos, criticam negativamente, grudam nas pessoas, reclamadores, bajuladores, lamentadores, negativistas e encrenqueiros.
A noite é cheia de mistérios e arquétipos: desde lobas e lobos, fadas, fantasmas, vampiros, dragões, múmias, zumbis e etc.
Quando sair, arme-se de bons pensamentos e boas intenções, pois nunca sabemos que categorias de monstros podemos encontrar.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
terça-feira, 1 de maio de 2012
O SEGUNDO NÚMERO DE TELEFONE ERRADO
O SEGUNDO NÚMERO DE TELEFONE ERRADO
A noite começou tranqüila, fui assistir um jazz e um blues num dos bares alternativos que freqüento.
Encontrei alguns bons amigos, muito bons amigos mesmo. Um dos meus consigliere estava lá, mas foi uma noite em que decidir conversar com as pessoas sozinho. Não sei se mania, não sei teimosia. Tenho essa necessidade de interagir sozinho.
Foi uma ótima noite. O som foi temperado com muito: Muddy Waters, Tom Waits, Willie Dixon, Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Nina Simone, Ray Charles.
A casa não estava muito cheia e vi uma barmaid nova, fui me apresentar, pedi para ela me dar doses separadas para fazer um coquetel para mim. Adoro ver as bebidas na estante e provar coisas novas, fora que é muito mais fácil ganhar doses nas baladas que garrafas de cerveja.
Achei a garota interessante, Janaína era nova no bar e cursava algo relacionado a artes. Tinha longos cabelos castanhos e olhos escuros. A pele bronzeada, era de baixa estatura, seios pequenos e cintura fina.
Conversamos sobre música, era uma fanática por rock.
Janaína pareceu ser uma garota interessante, falei que já tinha trabalhado em bar. Falamos sobre alguns fetiches. Ela me contou que adorava fantasias e trajes. Interpretar para ela é uma forma divertida e necessária num relacionamento.
Falei que gostava disto também e confessei que sou um pouco podólatra: a forma, a delicadeza dos pés femininos sempre me atraíram.
Ela saiu do balcão dando a volta me olhando diretamente nos olhos, e perguntou o que eu achava de seus pés, ela estava com um peep toes (sapato que deixa pelo menos um dedo amostra, meu segundo tipo de sapato favorito, sempre adorei o chanel) preto com salto altíssimo.
Ela praticamente desfilou na minha frente e retirou o calçado esquerdo, inclinando-se lentamente para frente, deixando a mostra os seios com seu decote e empinando a perna esquerda para trás. (Achei a inclinação desnecessária, mas totalmente sexy).
Ela tinha pés lindos e as pernas bem delineadas, o conjunto era excelente.
Conversamos um pouco mais e quando fui embora pedi o telefone de Janaína. Ela sorriu e anotou o nome e os números num guardanapo - cena clássica de bar que eu já havia encenado inúmeras vezes quando era bartender.
Liguei algum tempo depois, me senti humilhado. O número não existia. Era a segunda vez que me davam o telefone errado.
Fui conversar com meu consigliere, chamo-o assim, pois ele é um grande conselheiro e amigo fiel. Contei a história humilhante e ele me defendeu, disse que lembrava da garota, mas não a conhecia.
Depois daquela noite, sempre anoto o número direto no meu celular e confirmo para ver se o telefone vai tocar.
Bom, alguns meses se passaram e não é que a garota resolve dar em cima de me consigliere.
Ele sempre educado, daqueles com síndrome de melhor amigo e quando possível um ótimo wingman. Tomou uma atitude louvável, aceitou o flerte e emendou: - Você é a garota que deu o número errado para meu amigo, não é?
Janaína ruboresceu.
Ele: - Desculpe garota, você pode ser linda, mas odeio gente mal educada. Podemos ser amigos, mas eu nunca ficaria com uma garota que passa o número errado para os outros, sempre se pode recusar.
Ela com um sorriso amarelo se desculpou. Disse que tinha me achado atrevido demais. Hoje nós três conversamos educadamente sentados na mesma mesa de bar.
O mundo dá voltas. Seja educado e saiba perdoar.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
A noite começou tranqüila, fui assistir um jazz e um blues num dos bares alternativos que freqüento.
Encontrei alguns bons amigos, muito bons amigos mesmo. Um dos meus consigliere estava lá, mas foi uma noite em que decidir conversar com as pessoas sozinho. Não sei se mania, não sei teimosia. Tenho essa necessidade de interagir sozinho.
Foi uma ótima noite. O som foi temperado com muito: Muddy Waters, Tom Waits, Willie Dixon, Billie Holiday, Ella Fitzgerald, Nina Simone, Ray Charles.
A casa não estava muito cheia e vi uma barmaid nova, fui me apresentar, pedi para ela me dar doses separadas para fazer um coquetel para mim. Adoro ver as bebidas na estante e provar coisas novas, fora que é muito mais fácil ganhar doses nas baladas que garrafas de cerveja.
Achei a garota interessante, Janaína era nova no bar e cursava algo relacionado a artes. Tinha longos cabelos castanhos e olhos escuros. A pele bronzeada, era de baixa estatura, seios pequenos e cintura fina.
Conversamos sobre música, era uma fanática por rock.
Janaína pareceu ser uma garota interessante, falei que já tinha trabalhado em bar. Falamos sobre alguns fetiches. Ela me contou que adorava fantasias e trajes. Interpretar para ela é uma forma divertida e necessária num relacionamento.
Falei que gostava disto também e confessei que sou um pouco podólatra: a forma, a delicadeza dos pés femininos sempre me atraíram.
Ela saiu do balcão dando a volta me olhando diretamente nos olhos, e perguntou o que eu achava de seus pés, ela estava com um peep toes (sapato que deixa pelo menos um dedo amostra, meu segundo tipo de sapato favorito, sempre adorei o chanel) preto com salto altíssimo.
Ela praticamente desfilou na minha frente e retirou o calçado esquerdo, inclinando-se lentamente para frente, deixando a mostra os seios com seu decote e empinando a perna esquerda para trás. (Achei a inclinação desnecessária, mas totalmente sexy).
Ela tinha pés lindos e as pernas bem delineadas, o conjunto era excelente.
Conversamos um pouco mais e quando fui embora pedi o telefone de Janaína. Ela sorriu e anotou o nome e os números num guardanapo - cena clássica de bar que eu já havia encenado inúmeras vezes quando era bartender.
Liguei algum tempo depois, me senti humilhado. O número não existia. Era a segunda vez que me davam o telefone errado.
Fui conversar com meu consigliere, chamo-o assim, pois ele é um grande conselheiro e amigo fiel. Contei a história humilhante e ele me defendeu, disse que lembrava da garota, mas não a conhecia.
Depois daquela noite, sempre anoto o número direto no meu celular e confirmo para ver se o telefone vai tocar.
Bom, alguns meses se passaram e não é que a garota resolve dar em cima de me consigliere.
Ele sempre educado, daqueles com síndrome de melhor amigo e quando possível um ótimo wingman. Tomou uma atitude louvável, aceitou o flerte e emendou: - Você é a garota que deu o número errado para meu amigo, não é?
Janaína ruboresceu.
Ele: - Desculpe garota, você pode ser linda, mas odeio gente mal educada. Podemos ser amigos, mas eu nunca ficaria com uma garota que passa o número errado para os outros, sempre se pode recusar.
Ela com um sorriso amarelo se desculpou. Disse que tinha me achado atrevido demais. Hoje nós três conversamos educadamente sentados na mesma mesa de bar.
O mundo dá voltas. Seja educado e saiba perdoar.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
segunda-feira, 30 de abril de 2012
SÍNDROME DO MELHOR AMIGO
SÍNDROME DO MELHOR AMIGO
Como sempre estava num bar. Encontrei vários amigos de lugares diferentes, tentei conversar um pouco com todos.
Até que um deles soltou: - É, você é o tipo de cara que tem “síndrome do melhor amigo”.
Toda síndrome é um conjunto de sintomas. Indícios que apontam para algo. Talvez as conversas casuais, talvez um algo mais.
Fato; gosto de conhecer gente. Gosto de conversar, gosto de escutar e analisar as pessoas.
Quem sabe como a de Tourette, tenho uma desordem neurológica que se caracteriza por tiques e repetições automáticos, espasmos.
Tique em abordagens. Observo catalisadores para bons papos, tento ser agradável com opinião. Capto olhares e gestos, sou atento.
Nas minhas noites faço muitas amizades e algumas duradouras. Tenho repetições automáticas de assuntos, acabo sendo um contador de histórias.
Espasmos de palavras que transbordam da boca, conversas rotineiras, casuais, sensuais.
Sou do tipo que manda mensagens quando meus amigos menos esperam e nos momentos que mais precisam. Não sou o modelo de amigo que se encontra todo dia e nem mesmo aquele que apenas é uma boa companhia no bar. Trato negócios, fecho contratos e me comunico com os outros.
A vida é cheia de interesses e de oportunidades. Não fecho portas, não forço janelas. Deixo a minha porta aberta a quem quiser entrar.
Hoje aprendi a reconhecer essas características nas pessoas. Quando vejo em uma pessoa a síndrome de melhor amigo já identifico como podemos nos ajudar. Guardo com carinho esses doentes amigos com energia contagiante e que nos infectam com nostalgias preciosas.
Guardo os conselhos e presto favores ao estilo do Poderoso Chefão. Um dia, e talvez esse dia nunca chegue, eu vou lhe pedir um favor, mas até lá considere como um presente.
Já tive vários presentes e favores pagos. A amizade é realmente uma arma poderosa.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Como sempre estava num bar. Encontrei vários amigos de lugares diferentes, tentei conversar um pouco com todos.
Até que um deles soltou: - É, você é o tipo de cara que tem “síndrome do melhor amigo”.
Toda síndrome é um conjunto de sintomas. Indícios que apontam para algo. Talvez as conversas casuais, talvez um algo mais.
Fato; gosto de conhecer gente. Gosto de conversar, gosto de escutar e analisar as pessoas.
Quem sabe como a de Tourette, tenho uma desordem neurológica que se caracteriza por tiques e repetições automáticos, espasmos.
Tique em abordagens. Observo catalisadores para bons papos, tento ser agradável com opinião. Capto olhares e gestos, sou atento.
Nas minhas noites faço muitas amizades e algumas duradouras. Tenho repetições automáticas de assuntos, acabo sendo um contador de histórias.
Espasmos de palavras que transbordam da boca, conversas rotineiras, casuais, sensuais.
Sou do tipo que manda mensagens quando meus amigos menos esperam e nos momentos que mais precisam. Não sou o modelo de amigo que se encontra todo dia e nem mesmo aquele que apenas é uma boa companhia no bar. Trato negócios, fecho contratos e me comunico com os outros.
A vida é cheia de interesses e de oportunidades. Não fecho portas, não forço janelas. Deixo a minha porta aberta a quem quiser entrar.
Hoje aprendi a reconhecer essas características nas pessoas. Quando vejo em uma pessoa a síndrome de melhor amigo já identifico como podemos nos ajudar. Guardo com carinho esses doentes amigos com energia contagiante e que nos infectam com nostalgias preciosas.
Guardo os conselhos e presto favores ao estilo do Poderoso Chefão. Um dia, e talvez esse dia nunca chegue, eu vou lhe pedir um favor, mas até lá considere como um presente.
Já tive vários presentes e favores pagos. A amizade é realmente uma arma poderosa.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
sexta-feira, 27 de abril de 2012
QUADRINHOS
QUADRINHOS
Aprendi muito sobre quadrinhos com uma ex-namorada. Tânia era magra, loira, alemã de olhos castanhos. Ela adorava dançar, quadrinhos, principalmente animes e mangás. Adorava cozinhar e me cozinhar, me deixava horas esperando, me enrolava quando eu tentava estabelecer algum tipo de relacionamento. Sim, eu era o enrolado.
Era uma época onde eu achava importante delimitar o relacionamento. Ter espaços definidos, enquadrarmos em alguma categoria amorosa, termos espaço separados e em conjunto.
Ela curtia cosplay e tudo ligado ao Japão, antenada em tecnologia e uma profissional da arquitetura muito competente, mas sua arte, sua paixão, sempre foi a arte da culinária. Tinha dado um bonsai de presente para ela, era um pet, um bichinho de estimação e ele acabou morrendo.
Sempre quis ter um bonsai. Sou da teoria de plantar uma árvore, escrever um livro. (Posso ignorar a parte do ter filhos? O mundo já tem muitos – prefiro ser adepto da teoria da extinção humana voluntária. Ok, não tão radical, mas adoção é com certeza uma opção).
Sempre com um título novo, um lançamento para assistirmos no cinema. Tânia era divertida. Tive que reprisar todos os vídeos de: Evangelion, Great Teacher Onizuka, Love Hina, Lodoss War, Samurai Champloo, Yu Yu Hakusho, Doraemon e Cowboy Bebop.
Nos mangás tinha uma fascinação por Yu Yu Hakusho, Doraemon, Death Note. Admiradora de Cláudio Seto, assim como eu, porém num nível de idolatria.
Eu sempre fui muito fã das histórias da Marvel Comics graças ao mestre Stan Lee e dos Personagens de Clerks: Jay e Silent Bob de Kevin Smith.
Discutíamos sempre sobre as influências norte americana e japonesa nos quadrinho, estudávamos um pouco os textos de Will Eisner e Scott McCloud.
Fora os beijos agressivos, a pegada forte e os deliciosos pratos (a alemã e a torta alemã), o que mais lembro eram de nossas discussões. Principalmente sobre nosso relacionamento. Acho que insegurança minha, ou implicância dela.
Sempre desconfiei que Tânia teve um relacionamento amoroso com sua melhor amiga Micheli. E não, não era uma tara de pensar na melhor amiga da namorada. Era uma coisa de olhar, um rastro psicológico. Talvez um pouco como a série Estranhos no Paraíso (um caso como Francine e Katchoo).
Até que eu resolvi perguntar.
Tânia riu sarcasticamente, negando com a cabeça. Na verdade não sei se foi sarcasticamente, pois não entendi se ela tinha um relacionamento amoroso e até hoje não sei o que eu quis perguntar, quando disse relacionamento amoroso. (Claro que algum tipo de relacionamento amoroso elas tinham – eram melhores amigas).
Perguntei então: - Vocês já fizeram sexo?
Ela respondeu: - Não é da sua conta! (de modo misterioso e sério).
Não consegui minha resposta. Coloquei-a na parede para definirmos nosso relacionamento.
Ela respondeu: - Sem espaços definidos, nem delimitados. Não temos mais um relacionamento. Temos leituras diferente numa mesma mídia. A vida nos transformou, nosso momento passou. Agora sobra o espaço decadente da sarjeta. Acho melhor terminar.
Eu retruquei. – Você sabe o que é a sarjeta nas histórias em quadrinhos? A sarjeta é o espaço entre os quadros, onde a mágica acontece. Onde transformamos os quadros estáticos em movimentos. É onde a ficção se torna realidade, com a vontade e imaginação do artista e do leitor.
É a parte que respeita os espaços e dá tempo para pensarmos. É onde a individualidade se torna conjunto.
Nos beijamos.
Terminamos semanas depois. Ela não respeitava mais meu quadro.
Ela quis voltar, mas pensava demais na sarjeta. Precisamos de no mínimo dois bons quadrinhos para a sarjeta funcionar. O espaço vazio não é insignificante, mas não funciona se a imaginação é de um só espaço delimitado. Seria cada um no seu quadrado? Seria a sarjeta o equilíbrio? Ainda não tinha descoberto, mas já pensava a respeito.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Aprendi muito sobre quadrinhos com uma ex-namorada. Tânia era magra, loira, alemã de olhos castanhos. Ela adorava dançar, quadrinhos, principalmente animes e mangás. Adorava cozinhar e me cozinhar, me deixava horas esperando, me enrolava quando eu tentava estabelecer algum tipo de relacionamento. Sim, eu era o enrolado.
Era uma época onde eu achava importante delimitar o relacionamento. Ter espaços definidos, enquadrarmos em alguma categoria amorosa, termos espaço separados e em conjunto.
Ela curtia cosplay e tudo ligado ao Japão, antenada em tecnologia e uma profissional da arquitetura muito competente, mas sua arte, sua paixão, sempre foi a arte da culinária. Tinha dado um bonsai de presente para ela, era um pet, um bichinho de estimação e ele acabou morrendo.
Sempre quis ter um bonsai. Sou da teoria de plantar uma árvore, escrever um livro. (Posso ignorar a parte do ter filhos? O mundo já tem muitos – prefiro ser adepto da teoria da extinção humana voluntária. Ok, não tão radical, mas adoção é com certeza uma opção).
Sempre com um título novo, um lançamento para assistirmos no cinema. Tânia era divertida. Tive que reprisar todos os vídeos de: Evangelion, Great Teacher Onizuka, Love Hina, Lodoss War, Samurai Champloo, Yu Yu Hakusho, Doraemon e Cowboy Bebop.
Nos mangás tinha uma fascinação por Yu Yu Hakusho, Doraemon, Death Note. Admiradora de Cláudio Seto, assim como eu, porém num nível de idolatria.
Eu sempre fui muito fã das histórias da Marvel Comics graças ao mestre Stan Lee e dos Personagens de Clerks: Jay e Silent Bob de Kevin Smith.
Discutíamos sempre sobre as influências norte americana e japonesa nos quadrinho, estudávamos um pouco os textos de Will Eisner e Scott McCloud.
Fora os beijos agressivos, a pegada forte e os deliciosos pratos (a alemã e a torta alemã), o que mais lembro eram de nossas discussões. Principalmente sobre nosso relacionamento. Acho que insegurança minha, ou implicância dela.
Sempre desconfiei que Tânia teve um relacionamento amoroso com sua melhor amiga Micheli. E não, não era uma tara de pensar na melhor amiga da namorada. Era uma coisa de olhar, um rastro psicológico. Talvez um pouco como a série Estranhos no Paraíso (um caso como Francine e Katchoo).
Até que eu resolvi perguntar.
Tânia riu sarcasticamente, negando com a cabeça. Na verdade não sei se foi sarcasticamente, pois não entendi se ela tinha um relacionamento amoroso e até hoje não sei o que eu quis perguntar, quando disse relacionamento amoroso. (Claro que algum tipo de relacionamento amoroso elas tinham – eram melhores amigas).
Perguntei então: - Vocês já fizeram sexo?
Ela respondeu: - Não é da sua conta! (de modo misterioso e sério).
Não consegui minha resposta. Coloquei-a na parede para definirmos nosso relacionamento.
Ela respondeu: - Sem espaços definidos, nem delimitados. Não temos mais um relacionamento. Temos leituras diferente numa mesma mídia. A vida nos transformou, nosso momento passou. Agora sobra o espaço decadente da sarjeta. Acho melhor terminar.
Eu retruquei. – Você sabe o que é a sarjeta nas histórias em quadrinhos? A sarjeta é o espaço entre os quadros, onde a mágica acontece. Onde transformamos os quadros estáticos em movimentos. É onde a ficção se torna realidade, com a vontade e imaginação do artista e do leitor.
É a parte que respeita os espaços e dá tempo para pensarmos. É onde a individualidade se torna conjunto.
Nos beijamos.
Terminamos semanas depois. Ela não respeitava mais meu quadro.
Ela quis voltar, mas pensava demais na sarjeta. Precisamos de no mínimo dois bons quadrinhos para a sarjeta funcionar. O espaço vazio não é insignificante, mas não funciona se a imaginação é de um só espaço delimitado. Seria cada um no seu quadrado? Seria a sarjeta o equilíbrio? Ainda não tinha descoberto, mas já pensava a respeito.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
quinta-feira, 26 de abril de 2012
RPG
RPG
Sempre me perguntaram o que era o RPG, muita gente confunde com jogos de computador interativo (que podem ser um tipo de RPG), ou ainda com Reeducação postural global - método fisioterapêutico.
Para facilitar as coisas, não vou falar no começo sobre o que é o tal do RPG, vou falar sobre o que é brincar de casinha (brincar de boneca, brincar com os hominhos - gíria para bonecos ou figuras de ação). Todo mundo já brincou? Não? Então vou explicar.
Na minha infância, brincávamos de casinha. Juntavam as crianças da mesma idade que algumas vezes se separavam pelos tipos de brinquedos, outras não. Mas quando brincávamos de casinha, geralmente uma das crianças mais dominadoras, começava a delegar papéis para as outras crianças brincarem com ela.
Geralmente uma menina escolhia ser a mãe, pegava sua boneca favorita e tratava como filha e escolhia quem ela quisesse para ser o marido. (Será uma coincidência social? Uma formação sociologia? Demonstração de dominação pelo sexo feminino?). Ok, isso foi uma brincadeira e não irei me aprofundar no mérito.
Pois bem, outras crianças podiam brincar formando outras famílias e ainda desenvolver papéis sociais como comerciantes, bancários, empregados, chefes, com base numa infinidade de profissões definidas na época e certamente muitas vezes influenciadas pelas mídias e familiares.
Cenas clássicas são filhos imitando principalmente pais, professores e cenas da televisão. As crianças desempenham papéis. A mamãe vai ao mercado comprar comida para casa levando a filhinha que pede para comprar um doce, a mãe decide se compra ou não. A filha decide como reagir em relação a isso e a brincadeira segue, algumas vezes a brincadeira termina com discussões por alguém reagir de maneira inesperada, não respeitando a vontade de outros.
Agora pasmem, jogar RPG é exatamente a mesma coisa!
No RPG, que é um jogo de interpretação de papéis, as pessoas criam seus personagens os quais devem seguir da maneira que foram criados, e com base numa história de fundo geral criado por um narrador que aponta desafios, escolhas e situações para que os jogadores interajam entre si, representando sempre um papel.
Existem regras, e situações definidas randomicamente, ou seja, de forma aleatória que pode ser decidas por inúmeras formas, a mais conhecida é pela rolagem de dados (que podem variar a quantidade de faces para se aplicar porcentagens de sucesso e falha na situação). Qualquer pessoa que estudou o mínimo sobre probabilidade, não terá dificuldade para entender que tirar 2, 3, 4, 5 ou 6 num dado de 6 faces (conhecido como cubo ou hexaedro), é mais fácil do que tirar apenas o número 1.
Na vida real podemos ter dificuldade ao andar, ao correr por escadas, ao dirigir. A rolagem de dados, o elemento aleatório, contribui para que tenha falhas nos jogo também.
Como objetos de decisão de elementos aleatórios podemos usar (cartas, dados de várias faces, moedas, roletas, escolha de objetos escondidos nas mãos, o jogo de pedra, papel e tesoura (conhecido também como jan-ken-po ou apenas pô) ou ainda a versão: pedra, papel, tesoura, lagarto e Spock, para os mais nerds e fãs da série “The Big Bang Theory”.
Numa brincadeira de índios versus cowboys, pode se dar chance iguais, tanto para índios e para os cowboys, ou ainda se decidir que os índios estarão em maior número e dar a vantagem aos índios, ou então dar armas de fogo para os cowboys para se diminuir de algum jeito a desigualdade numérica.
No RPG a probabilidade dá chances para que a sorte ou azar façam um lado vencer, como na vida real.
Na brincadeira de casinha algumas vezes as pessoas se vestiam com as roupas dos pais. No RPG, as pessoas podem se fantasiar também, para aumentar a diversão ou tornar a coisa mais teatral.
No RPG geralmente o jogo não acaba por motivos de divergências de idéias, alguns tem sistemas complexos para tomada de decisões, mas de modo geral aceitam-se as atitudes tomadas por bom senso e respeitam as características do personagem interpretado e a decisão final do narrador.
Tanto o RPG quanto brincar de casinha são brincadeiras fantasiosas. É um teatro, um filme, interpretado por pessoas que buscam diversão. Fantasias que se aproximam do mundo real e nos ajudam a compreender pessoas e situações. São pensamentos que nos ajudam a pensar em probabilidades e assumirmos responsabilidades por escolhas. Não existem vencedores ou perdedores. Existem pessoas que aprenderam a pensar de outras formas. Como na brincadeirinha de casinha, o jogo acaba quando as pessoas cansam dos papéis ou do mundo interpretado.
São partes do processo pedagógico desenvolvido em diversos níveis: antropológicos, sociológicos, psicológico, culturais.
Não ache que jogadores de RPG são muito diferentes das crianças brincando ou dos atores interpretando.
Não ache que eles são diferentes de você ao simular uma situação numa tomada de decisão.
Eu gosto de jogar RPG, como gosto de jogar pôquer (poker texas hold’em) ou empinar pipa.
Jogadores de RPG são pessoas como você e se submetem aos mesmos diretos e deveres. Não seja hipócrita repulsando sem conhecer. Afinal, ao meu ver, todos algum dia foram jogadores de RPG.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Sempre me perguntaram o que era o RPG, muita gente confunde com jogos de computador interativo (que podem ser um tipo de RPG), ou ainda com Reeducação postural global - método fisioterapêutico.
Para facilitar as coisas, não vou falar no começo sobre o que é o tal do RPG, vou falar sobre o que é brincar de casinha (brincar de boneca, brincar com os hominhos - gíria para bonecos ou figuras de ação). Todo mundo já brincou? Não? Então vou explicar.
Na minha infância, brincávamos de casinha. Juntavam as crianças da mesma idade que algumas vezes se separavam pelos tipos de brinquedos, outras não. Mas quando brincávamos de casinha, geralmente uma das crianças mais dominadoras, começava a delegar papéis para as outras crianças brincarem com ela.
Geralmente uma menina escolhia ser a mãe, pegava sua boneca favorita e tratava como filha e escolhia quem ela quisesse para ser o marido. (Será uma coincidência social? Uma formação sociologia? Demonstração de dominação pelo sexo feminino?). Ok, isso foi uma brincadeira e não irei me aprofundar no mérito.
Pois bem, outras crianças podiam brincar formando outras famílias e ainda desenvolver papéis sociais como comerciantes, bancários, empregados, chefes, com base numa infinidade de profissões definidas na época e certamente muitas vezes influenciadas pelas mídias e familiares.
Cenas clássicas são filhos imitando principalmente pais, professores e cenas da televisão. As crianças desempenham papéis. A mamãe vai ao mercado comprar comida para casa levando a filhinha que pede para comprar um doce, a mãe decide se compra ou não. A filha decide como reagir em relação a isso e a brincadeira segue, algumas vezes a brincadeira termina com discussões por alguém reagir de maneira inesperada, não respeitando a vontade de outros.
Agora pasmem, jogar RPG é exatamente a mesma coisa!
No RPG, que é um jogo de interpretação de papéis, as pessoas criam seus personagens os quais devem seguir da maneira que foram criados, e com base numa história de fundo geral criado por um narrador que aponta desafios, escolhas e situações para que os jogadores interajam entre si, representando sempre um papel.
Existem regras, e situações definidas randomicamente, ou seja, de forma aleatória que pode ser decidas por inúmeras formas, a mais conhecida é pela rolagem de dados (que podem variar a quantidade de faces para se aplicar porcentagens de sucesso e falha na situação). Qualquer pessoa que estudou o mínimo sobre probabilidade, não terá dificuldade para entender que tirar 2, 3, 4, 5 ou 6 num dado de 6 faces (conhecido como cubo ou hexaedro), é mais fácil do que tirar apenas o número 1.
Na vida real podemos ter dificuldade ao andar, ao correr por escadas, ao dirigir. A rolagem de dados, o elemento aleatório, contribui para que tenha falhas nos jogo também.
Como objetos de decisão de elementos aleatórios podemos usar (cartas, dados de várias faces, moedas, roletas, escolha de objetos escondidos nas mãos, o jogo de pedra, papel e tesoura (conhecido também como jan-ken-po ou apenas pô) ou ainda a versão: pedra, papel, tesoura, lagarto e Spock, para os mais nerds e fãs da série “The Big Bang Theory”.
Numa brincadeira de índios versus cowboys, pode se dar chance iguais, tanto para índios e para os cowboys, ou ainda se decidir que os índios estarão em maior número e dar a vantagem aos índios, ou então dar armas de fogo para os cowboys para se diminuir de algum jeito a desigualdade numérica.
No RPG a probabilidade dá chances para que a sorte ou azar façam um lado vencer, como na vida real.
Na brincadeira de casinha algumas vezes as pessoas se vestiam com as roupas dos pais. No RPG, as pessoas podem se fantasiar também, para aumentar a diversão ou tornar a coisa mais teatral.
No RPG geralmente o jogo não acaba por motivos de divergências de idéias, alguns tem sistemas complexos para tomada de decisões, mas de modo geral aceitam-se as atitudes tomadas por bom senso e respeitam as características do personagem interpretado e a decisão final do narrador.
Tanto o RPG quanto brincar de casinha são brincadeiras fantasiosas. É um teatro, um filme, interpretado por pessoas que buscam diversão. Fantasias que se aproximam do mundo real e nos ajudam a compreender pessoas e situações. São pensamentos que nos ajudam a pensar em probabilidades e assumirmos responsabilidades por escolhas. Não existem vencedores ou perdedores. Existem pessoas que aprenderam a pensar de outras formas. Como na brincadeirinha de casinha, o jogo acaba quando as pessoas cansam dos papéis ou do mundo interpretado.
São partes do processo pedagógico desenvolvido em diversos níveis: antropológicos, sociológicos, psicológico, culturais.
Não ache que jogadores de RPG são muito diferentes das crianças brincando ou dos atores interpretando.
Não ache que eles são diferentes de você ao simular uma situação numa tomada de decisão.
Eu gosto de jogar RPG, como gosto de jogar pôquer (poker texas hold’em) ou empinar pipa.
Jogadores de RPG são pessoas como você e se submetem aos mesmos diretos e deveres. Não seja hipócrita repulsando sem conhecer. Afinal, ao meu ver, todos algum dia foram jogadores de RPG.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
quarta-feira, 25 de abril de 2012
PRESENTES
PRESENTES
Sou do tipo de gosta de dar adjetivos para as pessoas, como presentes especiais. Relembrar que existe algo nela mesma que havia esquecido. O mundo é rápido, caótico e desenfreado. Falta-nos reflexão.
As facetas sutis de qualidades e defeitos, não apenas para descrever, mas para lembrar. Lembrar quem somos, quem fomos, quais caminhos escolhemos e assumimos. Temos essências e derivações. Seres mutáveis e questionáveis. Previsíveis, porém inconstantes.
Pequenas coisas demonstram as características das pessoas através dos nossos sentidos.
A análise do comportamento humano, para saber como descrever alguém algumas vezes serendipidade, mas mesmo assim, encontrada por observação, descrição, controle, falseabilidade e chegar até causalidade (identificando, correlacionando e analisando o tempo que levaram) ou fundamentaram tais características, ou seja, através de um método científico, utilizando-se as informações adquiridas por todos os seus sentidos e recebidas através das expressões das pessoas, expressões corporais de todos os tipos, voluntários ou não, geralmente captadas pela visão que irá identificar de onde se percebem as características identificadas pelos outros sentidos.
Através da audição realmente escutar como as pessoas falam e produzem seus sons com base em altura, timbre, intensidade, duração, melodia, harmonia e ritmo. A harmonia entre som no espaço e tempo, analisando comprimento altura e profundidade.
O olfato e as fragrâncias: cítricos, florais, amadeirados, chipres, orientais, secos, frescos, picantes, frutados... as notas de cabeça, corpo e base. Os aromas de seus acessórios, os odores do corpo e o perfume usado, a combinação e formação de identidade e personalidade.
O tato e a aproximação mais íntima do toque, a percepção de calor, frio, texturas, localização espacial e características de dor e prazer. O que agrada, conforta, perturba.
Pena não sentirmos o gosto das pessoas. Apenas podemos imaginar o sabor, com as dicas dos aromas e a imaginação de gosto. Sem esquecer que também podemos intuir a respeito de alguém. Pressentindo, além de criar as hipóteses com base destes conjuntos.
Contudo, de nada vale sentir tudo isso se você não processar essas informações. Use o cérebro! Não use suas hipóteses como certezas. Hipóteses são suposições prováveis.
Por isso geralmente acerto nos presentes. Sejam apenas sinceros adjetivos ou surpresas bem individuais. Os pequenos detalhes fazem as grandes diferenças.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Sou do tipo de gosta de dar adjetivos para as pessoas, como presentes especiais. Relembrar que existe algo nela mesma que havia esquecido. O mundo é rápido, caótico e desenfreado. Falta-nos reflexão.
As facetas sutis de qualidades e defeitos, não apenas para descrever, mas para lembrar. Lembrar quem somos, quem fomos, quais caminhos escolhemos e assumimos. Temos essências e derivações. Seres mutáveis e questionáveis. Previsíveis, porém inconstantes.
Pequenas coisas demonstram as características das pessoas através dos nossos sentidos.
A análise do comportamento humano, para saber como descrever alguém algumas vezes serendipidade, mas mesmo assim, encontrada por observação, descrição, controle, falseabilidade e chegar até causalidade (identificando, correlacionando e analisando o tempo que levaram) ou fundamentaram tais características, ou seja, através de um método científico, utilizando-se as informações adquiridas por todos os seus sentidos e recebidas através das expressões das pessoas, expressões corporais de todos os tipos, voluntários ou não, geralmente captadas pela visão que irá identificar de onde se percebem as características identificadas pelos outros sentidos.
Através da audição realmente escutar como as pessoas falam e produzem seus sons com base em altura, timbre, intensidade, duração, melodia, harmonia e ritmo. A harmonia entre som no espaço e tempo, analisando comprimento altura e profundidade.
O olfato e as fragrâncias: cítricos, florais, amadeirados, chipres, orientais, secos, frescos, picantes, frutados... as notas de cabeça, corpo e base. Os aromas de seus acessórios, os odores do corpo e o perfume usado, a combinação e formação de identidade e personalidade.
O tato e a aproximação mais íntima do toque, a percepção de calor, frio, texturas, localização espacial e características de dor e prazer. O que agrada, conforta, perturba.
Pena não sentirmos o gosto das pessoas. Apenas podemos imaginar o sabor, com as dicas dos aromas e a imaginação de gosto. Sem esquecer que também podemos intuir a respeito de alguém. Pressentindo, além de criar as hipóteses com base destes conjuntos.
Contudo, de nada vale sentir tudo isso se você não processar essas informações. Use o cérebro! Não use suas hipóteses como certezas. Hipóteses são suposições prováveis.
Por isso geralmente acerto nos presentes. Sejam apenas sinceros adjetivos ou surpresas bem individuais. Os pequenos detalhes fazem as grandes diferenças.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
terça-feira, 24 de abril de 2012
O PESOS DAS COISAS
O PESOS DAS COISAS
Sempre escutei a história da balança e que deveríamos pesar os valores das coisas antes de tomar as decisões. Quer saber o que acho disso? Acho que é generalizado demais,
As pessoas acham que devemos pesar os valores das coisas, mas se as coisas são subjetivas? Sim, é claro que temos alguns critérios objetivos. Mas muitas das decisões, das quais tomamos partido, dizem respeito aos aspectos individuais.
Não digo que não se possa pesar sentimentos, acredito que sim. O que tento dizer é que o peso que posso dar provavelmente será diferente do peso que você pode dar.
Uma música que demonstra esse tipo de subjetividade é leva o mesmo nome dessa passagem: O Peso das Coisas – Pato Fu, adoro a frase: “Aos domingos não te vejo, o mundo é ruim.“
Uma decisão boa para você, pode não ser uma decisão boa para mim, mesmo estando num mesmo contexto. Nossos desejos, medos, paixões, gostos, serão diferentes. Enfim, as opiniões são diferentes. Por isso gosto de escutar pontos de vistas. Não peso apenas os valores.
Não creio em pensar de forma errada. Sou da opinião que a pessoa que diz que pensou de forma errada na verdade é um inconseqüente.
As pessoas assumem riscos, pagam para ver.
Decisões são baseadas em: experiências, instinto e razão. Dificilmente tomará uma boa decisão baseada exclusivamente na emoção.
Quando escuto pesar as coisas, imagino que as ações devem ser ponderadas em contraponto com as conseqüências. Não apenas analisar fatos, com base nos argumentos e informações, mas em que a decisão pode influenciar e quais conseqüências essas decisões podem gerar. Assumir riscos e prevê-los com base em: experiências, instinto e razão.
O certo e o errado são relativos, analise se os riscos valem a pena e não tenha medo de decidir. Questione suas respostas, pois posso ter acabado de mudar de idéia.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Sempre escutei a história da balança e que deveríamos pesar os valores das coisas antes de tomar as decisões. Quer saber o que acho disso? Acho que é generalizado demais,
As pessoas acham que devemos pesar os valores das coisas, mas se as coisas são subjetivas? Sim, é claro que temos alguns critérios objetivos. Mas muitas das decisões, das quais tomamos partido, dizem respeito aos aspectos individuais.
Não digo que não se possa pesar sentimentos, acredito que sim. O que tento dizer é que o peso que posso dar provavelmente será diferente do peso que você pode dar.
Uma música que demonstra esse tipo de subjetividade é leva o mesmo nome dessa passagem: O Peso das Coisas – Pato Fu, adoro a frase: “Aos domingos não te vejo, o mundo é ruim.“
Uma decisão boa para você, pode não ser uma decisão boa para mim, mesmo estando num mesmo contexto. Nossos desejos, medos, paixões, gostos, serão diferentes. Enfim, as opiniões são diferentes. Por isso gosto de escutar pontos de vistas. Não peso apenas os valores.
Não creio em pensar de forma errada. Sou da opinião que a pessoa que diz que pensou de forma errada na verdade é um inconseqüente.
As pessoas assumem riscos, pagam para ver.
Decisões são baseadas em: experiências, instinto e razão. Dificilmente tomará uma boa decisão baseada exclusivamente na emoção.
Quando escuto pesar as coisas, imagino que as ações devem ser ponderadas em contraponto com as conseqüências. Não apenas analisar fatos, com base nos argumentos e informações, mas em que a decisão pode influenciar e quais conseqüências essas decisões podem gerar. Assumir riscos e prevê-los com base em: experiências, instinto e razão.
O certo e o errado são relativos, analise se os riscos valem a pena e não tenha medo de decidir. Questione suas respostas, pois posso ter acabado de mudar de idéia.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
segunda-feira, 23 de abril de 2012
APELIDOS
APELIDOS
Tive uma ex-namorada que me chamava de bebê, apenas de bebê. Com todas as caras, bocas, vozes de alguém que está falando com uma criança com problemas de entendimento ou aprendizado. Acho que isso foi uma das coisas que fiquei traumatizou em alguns relacionamentos.
Por mais bizarro que pareça, reencontrei uma amiga que, muito antes, desde sempre, me chamou de baby, babe, bebê e suas variantes, com caras, bocas e vozes de alguém que está falando com uma criança que vai respondê-la a qualquer momento e quem sabe sorrir. Era algo mais, genérico e chegava a ser uma mania dela em classificar os amigos, uma espécie de graduação militar, uma patente designando o seu estado para com ela. Sinto-me honrado por ser um de seus bebês e ainda nos tratamos por esse apelido.
Acho que a memória é assim, associativa às nossas lembranças. Os apelidos geralmente são relacionados com manias ou características. Sejam as manias de quem dá, ou de quem recebe. As características podem ser em falta ou em excesso do receptor.
Existem apelidos de redução do nome, ou um nome diferente freqüentemente usado. Devo esclarecer que apelido em português brasileiro é sinônimo de alcunha, apodo, antonomásia, cognome e epíteto. Sem esquecer os pseudônimos, nomes artísticos e hipocorísticos adotados.
Não sou um bebê! Vá! Chame-me por meu nome. Não se obrigue a dar apelidos. Não force as coisas. Não domine ou denomine. Meu nome! Simplesmente, meu nome!
Nome vai continuar sendo o velho substantivo masculino que designa pessoal, animal ou coisa, será sempre a denominação de algo ou alguém. Não os substituirei por pronomes, recordando: “tias” e “tios”, “professores” e “mestres” de línguas. De inúmeras lembranças e adjetivos. Não soltarei o verbo, nem escreverei artigos. Da classificação variável restou apenas o numeral. Invariáveis: advérbios, preposições, conjunções, interjeições. Ao longe e sem dúvidas - um suspiro. Oh! As dez classes morfológicas lembradas por um apelido.
E os bebês continuam a nascer e eu sem choro agüentei. Esse apelido que me enojava quando proferido por minha ex. Por bem, meu relacionamento amoroso com ela se foi. O apelido por outra ficou, minha amizade continua intacta, aguardando notícias de minha oficial superior. Sempre às ordens, sempre um de seus bebês.
Fato curioso, essa minha amiga é atriz, comunicadora e jornalista. Muito antes da ídola Cristiane Torloni, em entrevista dada ao canal Multishow. Já me dizia como lema:
-Hoje é dia de rock, bebê!
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Tive uma ex-namorada que me chamava de bebê, apenas de bebê. Com todas as caras, bocas, vozes de alguém que está falando com uma criança com problemas de entendimento ou aprendizado. Acho que isso foi uma das coisas que fiquei traumatizou em alguns relacionamentos.
Por mais bizarro que pareça, reencontrei uma amiga que, muito antes, desde sempre, me chamou de baby, babe, bebê e suas variantes, com caras, bocas e vozes de alguém que está falando com uma criança que vai respondê-la a qualquer momento e quem sabe sorrir. Era algo mais, genérico e chegava a ser uma mania dela em classificar os amigos, uma espécie de graduação militar, uma patente designando o seu estado para com ela. Sinto-me honrado por ser um de seus bebês e ainda nos tratamos por esse apelido.
Acho que a memória é assim, associativa às nossas lembranças. Os apelidos geralmente são relacionados com manias ou características. Sejam as manias de quem dá, ou de quem recebe. As características podem ser em falta ou em excesso do receptor.
Existem apelidos de redução do nome, ou um nome diferente freqüentemente usado. Devo esclarecer que apelido em português brasileiro é sinônimo de alcunha, apodo, antonomásia, cognome e epíteto. Sem esquecer os pseudônimos, nomes artísticos e hipocorísticos adotados.
Não sou um bebê! Vá! Chame-me por meu nome. Não se obrigue a dar apelidos. Não force as coisas. Não domine ou denomine. Meu nome! Simplesmente, meu nome!
Nome vai continuar sendo o velho substantivo masculino que designa pessoal, animal ou coisa, será sempre a denominação de algo ou alguém. Não os substituirei por pronomes, recordando: “tias” e “tios”, “professores” e “mestres” de línguas. De inúmeras lembranças e adjetivos. Não soltarei o verbo, nem escreverei artigos. Da classificação variável restou apenas o numeral. Invariáveis: advérbios, preposições, conjunções, interjeições. Ao longe e sem dúvidas - um suspiro. Oh! As dez classes morfológicas lembradas por um apelido.
E os bebês continuam a nascer e eu sem choro agüentei. Esse apelido que me enojava quando proferido por minha ex. Por bem, meu relacionamento amoroso com ela se foi. O apelido por outra ficou, minha amizade continua intacta, aguardando notícias de minha oficial superior. Sempre às ordens, sempre um de seus bebês.
Fato curioso, essa minha amiga é atriz, comunicadora e jornalista. Muito antes da ídola Cristiane Torloni, em entrevista dada ao canal Multishow. Já me dizia como lema:
-Hoje é dia de rock, bebê!
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
sexta-feira, 20 de abril de 2012
AS PESSOAS NÃO MUDAM?
AS PESSOAS NÃO MUDAM?
Ok, eu aprendi assistindo diversas temporadas da série House M.D., que as pessoas não mudam e vi alguns poucos episódios que demonstram que podem mudar sim (inclusive o nosso querido Dr. Gregory House).
A Teoria da Relatividade será absoluta? Tá, sem piadas nerds. Vamos aos fatos. E o fato é que as pessoas mudam apenas quando realmente desejam. A inércia faz com que permaneçamos na mesma por longos períodos e num piscar de olhos, mudamos nosso pensamento e resolvemos mudar nossos sonhos, mudar nossos desejos, mudar como pensamos.
Espere, também não é assim. Comigo as mudanças ocorreram após situações traumáticas. Pode ser o término de um relacionamento (geralmente quando terminaram comigo), o término de uma fase na vida e início de outra, (alguma aprovação, final da faculdade, escolha de pós, mortes, casamentos, batizados, debutes). A vida é cheia de rituais de passagem.
Por isso a importância sociológica de “festejarmos” tais eventos. Para alguns basta um aniversário, para outros bastam uns 30 aniversários e tem também os irremediáveis.
Não que seja ruim ser um irremediável. A vida apresenta vários obstáculos. Cada um supera como quer e convive com seu reflexo no espelho.
Às vezes a mentira é o que cega o reflexo. Conheci principalmente garotas que diziam que mudavam, prometiam não mais errar, que decidiriam por si mesmas e no fim a primeira coisa que queriam era uma terceira opinião.
Nada contra a essas decisões, mas acho que depois de um tempo deixam de ser um charme e passam a ser um saco. Fingir que sabe o que se quer ou não quer, deixar a espera e achar que foi surpreendida.
Concorde comigo que dizer para si mesmo nem sempre torna a vida mais fácil por concordar cegamente que você mudou.
Afinal o que é mudança? Eu vejo mudanças numa pessoa quando ela deixa de ser previsível em suas respostas, quando sua realidade mudou, quando sinto uma opinião nova formada e fundamentada.
Confiar no instinto para o futuro de uma relação? Eu acho arriscado, mas devemos nos dar chances, não apenas dar chances. O relacionamento envolve no mínimo duas pessoas.
Não é a toa que comecei minha terapia, quero voltar a viver tranquilamente com Jacque. Abrir mão de muita coisa, mas sei que ela abriu também. Ponderamos nossas escolhas e um dia decidimos sermos felizes juntos.
Quem já viveu uma vida egoísta deve saber que pensar em um relacionamento de verdade muda muito nosso mundo. Uma coisa é sonhar, desejar o tipo de vida a dois e constituir família, outra é encontrar alguém que vira seu mundo removendo suas referências direcionais com uma serra elétrica, efetuando cortes irracionais e mutilando o que você considerava a vida perfeita.
Mudamos, não muito, apenas o suficiente. O suficiente para largarmos egoísmos, manias, vícios. Mudamos não para tornar nossas vidas em conjunto suportáveis. Mudamos para nos tornarmos suportáveis a vida em conjunto.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Ok, eu aprendi assistindo diversas temporadas da série House M.D., que as pessoas não mudam e vi alguns poucos episódios que demonstram que podem mudar sim (inclusive o nosso querido Dr. Gregory House).
A Teoria da Relatividade será absoluta? Tá, sem piadas nerds. Vamos aos fatos. E o fato é que as pessoas mudam apenas quando realmente desejam. A inércia faz com que permaneçamos na mesma por longos períodos e num piscar de olhos, mudamos nosso pensamento e resolvemos mudar nossos sonhos, mudar nossos desejos, mudar como pensamos.
Espere, também não é assim. Comigo as mudanças ocorreram após situações traumáticas. Pode ser o término de um relacionamento (geralmente quando terminaram comigo), o término de uma fase na vida e início de outra, (alguma aprovação, final da faculdade, escolha de pós, mortes, casamentos, batizados, debutes). A vida é cheia de rituais de passagem.
Por isso a importância sociológica de “festejarmos” tais eventos. Para alguns basta um aniversário, para outros bastam uns 30 aniversários e tem também os irremediáveis.
Não que seja ruim ser um irremediável. A vida apresenta vários obstáculos. Cada um supera como quer e convive com seu reflexo no espelho.
Às vezes a mentira é o que cega o reflexo. Conheci principalmente garotas que diziam que mudavam, prometiam não mais errar, que decidiriam por si mesmas e no fim a primeira coisa que queriam era uma terceira opinião.
Nada contra a essas decisões, mas acho que depois de um tempo deixam de ser um charme e passam a ser um saco. Fingir que sabe o que se quer ou não quer, deixar a espera e achar que foi surpreendida.
Concorde comigo que dizer para si mesmo nem sempre torna a vida mais fácil por concordar cegamente que você mudou.
Afinal o que é mudança? Eu vejo mudanças numa pessoa quando ela deixa de ser previsível em suas respostas, quando sua realidade mudou, quando sinto uma opinião nova formada e fundamentada.
Confiar no instinto para o futuro de uma relação? Eu acho arriscado, mas devemos nos dar chances, não apenas dar chances. O relacionamento envolve no mínimo duas pessoas.
Não é a toa que comecei minha terapia, quero voltar a viver tranquilamente com Jacque. Abrir mão de muita coisa, mas sei que ela abriu também. Ponderamos nossas escolhas e um dia decidimos sermos felizes juntos.
Quem já viveu uma vida egoísta deve saber que pensar em um relacionamento de verdade muda muito nosso mundo. Uma coisa é sonhar, desejar o tipo de vida a dois e constituir família, outra é encontrar alguém que vira seu mundo removendo suas referências direcionais com uma serra elétrica, efetuando cortes irracionais e mutilando o que você considerava a vida perfeita.
Mudamos, não muito, apenas o suficiente. O suficiente para largarmos egoísmos, manias, vícios. Mudamos não para tornar nossas vidas em conjunto suportáveis. Mudamos para nos tornarmos suportáveis a vida em conjunto.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
quinta-feira, 19 de abril de 2012
WINGMAN
WINGMAN
Não sei se todos já ouviram falar na expressão wingman, ela nasceu com o filme Top Gun (1986) e tem origem no termo militar que definia um colega piloto de que apoiava outro piloto num ambiente perigoso de vôo, um parceiro que nunca irá abandoná-lo, independentemente do nível da situação.
Hoje o termo é usado para um parceiro de balada que auxilia um amigo numa conquista amorosa, um suporte para sonhos e realizações.
Existem ótimos e péssimos tipos de wingman, alguns com ótimas intenções e muitas vezes nos trazem efeitos desastrosos. Vou citar alguns deles, muitas vezes encontrados na mesma pessoa, não importando o sexo ou opção sexual.
Agente-infiltrado: disposto a infiltra-se solitariamente em terreno desconhecido e trazer informações sobre estado civil das pessoas, tendências sexuais, interesses intelectuais e pontos altos e baixos. Sempre tem um bom papo e simpatia. Geralmente pessoa calma que tem facilidade em abordar pessoas com diversos assuntos.
Assessor: observador ao detalhes, nunca deixa o amigo na mão deixando-o sempre apresentável. Verifica manchas nas roupas, marcas de batom deixadas de modo inoportuno. Sabe quando o amigo está intoxicado demais e cuida para que não passem dos limites. Cuida pelo bem estar e facilita os detalhes de conforto e bem estar geral.
Batedor: explorador que vai reconhecendo o ambiente e diz como agir após analisar os envolvidos. Como um caçador experiente, te dá dicas de como prosseguir e muda sua postura ao encontrar diferentes tipos de presa, agindo do modo que for mais conveniente, inclusive dizendo qual o melhor momento de mudar a estratégia ou até desistir.
Destemido: algumas vezes por loucura, outras por coragem o destemido não se importa em ter que ser o primeiro a abordar uma mesa de garotas. Elas podem tentar ferir seu ego e destruí-lo, mental ou moralmente. Ele vai abrir o caminho para seus companheiros, onde já suavizou as defesas para conseguirem mais sucesso no ataque.
Empático: tem pessoas que simplesmente sabem ler seus pensamentos, ou possuem grande facilidade de entender o que quer com linguagem corporal, sinais ou códigos. Este tipo deve ser rápido na reação e geralmente sabem exatamente o que devem fazer. Suas decisões são tomadas sempre em conjunto.
Informante: de alguma maneira estranha apesar de ele não ser popular, sempre tem informação sobre aquela pessoa de interesse. Já conheceu numa festa, conhece algum parente, identifica alguém que conhece alguém e sempre tem alguma informação para ajudar. Conhecido também como assessor de assuntos aleatórios.
Narrador: sabe as boas histórias que temos? O narrador sabe, e como um bardo, sabe encantar as pessoas romantizando suavemente as suas histórias. Ele sempre levanta sua moral, arruma as gafes dos outros quando tiram sarro ou te desmoralizam. O narrador sempre sabe o tempo certo para contar uma boa história.
Popular: é o cara que geralmente é reconhecido pelas pessoas e torna-se um chamariz para as pessoas se aproximarem do grupo e não o contrário. Conhece diversos tipos de pessoas e cada encontro é uma surpresa.
Soldado: entende a sua missão, ao avistar duas garotas solteiras, se aproxima de uma e mantém ocupada para dar chances para que seu amigo consiga conquistar a outra garota sem entraves ocasionados pela amiga. A missão só termina com o objetivo alcançado.
Zagueiro: sempre protege o território, nunca permitindo que inimigos se aproximem, até que sejam atingidos os objetivos. É comum que sejam caras fortes ou extremamente descontraídos. Intimidando física ou mentalmente seus adversários.
Tenho a sorte e o azar algumas vezes de conviver com vários destes estereótipos e devo alguns sucessos a esses tipos. Sempre tento lembrar dessas qualidades para tentar ajudar amigos ou amigas.
Lembrando sempre que tanto a falta quanto o exagero dessas características podem prejudicar muito no resultado final de uma conquista, seja qual for seu objetivo final. Com certeza poderá identificar muitos deles principalmente durante as noites solitárias e fica para uma próxima algumas das histórias que tenho para contar.
Amigos são sempre amigos: o local, a bebida e a música são acessórios. Escolha-os bem, diga-me com quem andas e eu direi se vou contigo.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Não sei se todos já ouviram falar na expressão wingman, ela nasceu com o filme Top Gun (1986) e tem origem no termo militar que definia um colega piloto de que apoiava outro piloto num ambiente perigoso de vôo, um parceiro que nunca irá abandoná-lo, independentemente do nível da situação.
Hoje o termo é usado para um parceiro de balada que auxilia um amigo numa conquista amorosa, um suporte para sonhos e realizações.
Existem ótimos e péssimos tipos de wingman, alguns com ótimas intenções e muitas vezes nos trazem efeitos desastrosos. Vou citar alguns deles, muitas vezes encontrados na mesma pessoa, não importando o sexo ou opção sexual.
Agente-infiltrado: disposto a infiltra-se solitariamente em terreno desconhecido e trazer informações sobre estado civil das pessoas, tendências sexuais, interesses intelectuais e pontos altos e baixos. Sempre tem um bom papo e simpatia. Geralmente pessoa calma que tem facilidade em abordar pessoas com diversos assuntos.
Assessor: observador ao detalhes, nunca deixa o amigo na mão deixando-o sempre apresentável. Verifica manchas nas roupas, marcas de batom deixadas de modo inoportuno. Sabe quando o amigo está intoxicado demais e cuida para que não passem dos limites. Cuida pelo bem estar e facilita os detalhes de conforto e bem estar geral.
Batedor: explorador que vai reconhecendo o ambiente e diz como agir após analisar os envolvidos. Como um caçador experiente, te dá dicas de como prosseguir e muda sua postura ao encontrar diferentes tipos de presa, agindo do modo que for mais conveniente, inclusive dizendo qual o melhor momento de mudar a estratégia ou até desistir.
Destemido: algumas vezes por loucura, outras por coragem o destemido não se importa em ter que ser o primeiro a abordar uma mesa de garotas. Elas podem tentar ferir seu ego e destruí-lo, mental ou moralmente. Ele vai abrir o caminho para seus companheiros, onde já suavizou as defesas para conseguirem mais sucesso no ataque.
Empático: tem pessoas que simplesmente sabem ler seus pensamentos, ou possuem grande facilidade de entender o que quer com linguagem corporal, sinais ou códigos. Este tipo deve ser rápido na reação e geralmente sabem exatamente o que devem fazer. Suas decisões são tomadas sempre em conjunto.
Informante: de alguma maneira estranha apesar de ele não ser popular, sempre tem informação sobre aquela pessoa de interesse. Já conheceu numa festa, conhece algum parente, identifica alguém que conhece alguém e sempre tem alguma informação para ajudar. Conhecido também como assessor de assuntos aleatórios.
Narrador: sabe as boas histórias que temos? O narrador sabe, e como um bardo, sabe encantar as pessoas romantizando suavemente as suas histórias. Ele sempre levanta sua moral, arruma as gafes dos outros quando tiram sarro ou te desmoralizam. O narrador sempre sabe o tempo certo para contar uma boa história.
Popular: é o cara que geralmente é reconhecido pelas pessoas e torna-se um chamariz para as pessoas se aproximarem do grupo e não o contrário. Conhece diversos tipos de pessoas e cada encontro é uma surpresa.
Soldado: entende a sua missão, ao avistar duas garotas solteiras, se aproxima de uma e mantém ocupada para dar chances para que seu amigo consiga conquistar a outra garota sem entraves ocasionados pela amiga. A missão só termina com o objetivo alcançado.
Zagueiro: sempre protege o território, nunca permitindo que inimigos se aproximem, até que sejam atingidos os objetivos. É comum que sejam caras fortes ou extremamente descontraídos. Intimidando física ou mentalmente seus adversários.
Tenho a sorte e o azar algumas vezes de conviver com vários destes estereótipos e devo alguns sucessos a esses tipos. Sempre tento lembrar dessas qualidades para tentar ajudar amigos ou amigas.
Lembrando sempre que tanto a falta quanto o exagero dessas características podem prejudicar muito no resultado final de uma conquista, seja qual for seu objetivo final. Com certeza poderá identificar muitos deles principalmente durante as noites solitárias e fica para uma próxima algumas das histórias que tenho para contar.
Amigos são sempre amigos: o local, a bebida e a música são acessórios. Escolha-os bem, diga-me com quem andas e eu direi se vou contigo.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
quarta-feira, 18 de abril de 2012
COMUNICAÇÃO
COMUNICAÇÃO
Comunicar-se com primazia é tarefa trabalhosa. Saber transmitir idéias e expressar emoções não é para qualquer pessoa. Sei que os estudos, técnicas e experiências de vida auxiliam nessa missão que enfrentamos na nossa rotina diária.
O ser humano é um ser social que precisa de companhia e expressar o que sente. Recordo-me do episódio piloto de Além da Imaginação – cujo o nome original é "The Twilight Zone" Where Is Everybody? Apesar de ser lançado em 2 de outubro de 1959, até hoje ao assistir me dá uma sensação de agonia causada pela solidão, mesmo senda produzida com efeitos especiais onde analisando com olhos críticos se observa a utilização de miniaturas que dão a mesma sensação que o personagem icônico dos quadrinhos causam dando identificação da ilusão em realidade – muito bem explicada por Scott McCloud em Desvendando os Quadrinhos. Sente-se também a tensão produzida pela trilha sonora. Podemos observar momentos cinematográficos derivados, onde por exemplo, pode-se sentir a mesma tensão no início do filme Day of the Dead (1985) de George Romero, que depois foi sampleada e utilizada na música M1-A1 do Gorillaz.
A comunicação não somente por palavras ditas e escritas. Por palavras expressas, interpretadas e gesticuladas. A comunicação por qualquer forma de expressão é transmissão auxiliada por pequenos grandes detalhes que fazem muita diferença.
Não devemos esquecer que a comunicação deve se dar entre o transmissor e o receptor da informação, e que ambos devem encontrar uma sintonia para o entendimento. Quanto maior essa sintonia, melhor será recebida a transmissão.
Analisamos agora que a comunicação deixa de ser trabalho solitário para ser ato conjunto. Agora podemos pensar e quando existe mais de um comunicador e mais de um receptor?
Bom, daí posso garantir que nascem belas histórias e estranhos diálogos.
Podem existir tecnologias que facilitam a comunicação, através de dados, bytes e tons. Existem mensagens mais pessoais através de bites, olhares e suspiros.
Não sabemos como nos comunicamos na vida digital, e usamos artimanhas e charmes que nunca sonhamos na vida real.
As pessoas nunca se perguntam como funciona uma televisão ou um computador. São sempre objetos mágicos que nos trazem o que queremos, e então porque não deixar usar a mágica em cada expressão?
Ok, eu sei como funciona uma televisão ou um computador, mas porque não acreditar em mágica? Afinal, nunca se sabe quem irá receber a mensagem do jeito que você quis dizer, muito menos quem irá entender.
O importante é lembrar que comunicação é antes de tudo é a AÇÃO de se COMUNICAR.
Então comece a agir para se fazer entender, usando as ferramentas que possui sem medo de tentar.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Comunicar-se com primazia é tarefa trabalhosa. Saber transmitir idéias e expressar emoções não é para qualquer pessoa. Sei que os estudos, técnicas e experiências de vida auxiliam nessa missão que enfrentamos na nossa rotina diária.
O ser humano é um ser social que precisa de companhia e expressar o que sente. Recordo-me do episódio piloto de Além da Imaginação – cujo o nome original é "The Twilight Zone" Where Is Everybody? Apesar de ser lançado em 2 de outubro de 1959, até hoje ao assistir me dá uma sensação de agonia causada pela solidão, mesmo senda produzida com efeitos especiais onde analisando com olhos críticos se observa a utilização de miniaturas que dão a mesma sensação que o personagem icônico dos quadrinhos causam dando identificação da ilusão em realidade – muito bem explicada por Scott McCloud em Desvendando os Quadrinhos. Sente-se também a tensão produzida pela trilha sonora. Podemos observar momentos cinematográficos derivados, onde por exemplo, pode-se sentir a mesma tensão no início do filme Day of the Dead (1985) de George Romero, que depois foi sampleada e utilizada na música M1-A1 do Gorillaz.
A comunicação não somente por palavras ditas e escritas. Por palavras expressas, interpretadas e gesticuladas. A comunicação por qualquer forma de expressão é transmissão auxiliada por pequenos grandes detalhes que fazem muita diferença.
Não devemos esquecer que a comunicação deve se dar entre o transmissor e o receptor da informação, e que ambos devem encontrar uma sintonia para o entendimento. Quanto maior essa sintonia, melhor será recebida a transmissão.
Analisamos agora que a comunicação deixa de ser trabalho solitário para ser ato conjunto. Agora podemos pensar e quando existe mais de um comunicador e mais de um receptor?
Bom, daí posso garantir que nascem belas histórias e estranhos diálogos.
Podem existir tecnologias que facilitam a comunicação, através de dados, bytes e tons. Existem mensagens mais pessoais através de bites, olhares e suspiros.
Não sabemos como nos comunicamos na vida digital, e usamos artimanhas e charmes que nunca sonhamos na vida real.
As pessoas nunca se perguntam como funciona uma televisão ou um computador. São sempre objetos mágicos que nos trazem o que queremos, e então porque não deixar usar a mágica em cada expressão?
Ok, eu sei como funciona uma televisão ou um computador, mas porque não acreditar em mágica? Afinal, nunca se sabe quem irá receber a mensagem do jeito que você quis dizer, muito menos quem irá entender.
O importante é lembrar que comunicação é antes de tudo é a AÇÃO de se COMUNICAR.
Então comece a agir para se fazer entender, usando as ferramentas que possui sem medo de tentar.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
terça-feira, 17 de abril de 2012
EQUAÇÃO DA FRUSTRAÇÃO ADQUIRIDA
EQUAÇÃO DA FRUSTRAÇÃO ADQUIRIDA
Numa noite conversava com uma amiga que não encontrava pessoalmente recentemente e me trouxeram lembranças tímidas e receosas da adolescência, de um garoto sem jeito e inseguro. Aprendi nos olhares e nos filmes como viver. Testava a magia do cinema em meu dia-a-dia e nem sempre era como imaginava.
Cada segundo da película era uma memória desagradável para meu teste real e as mudanças eram inevitáveis para finais quase felizes. Da comédia e do drama vem meu estilo que sorrateiramente rouba o charme de ídolos. Não sou nada de mais, mas a agilidade de respostas sem dúvidas é uma ferramenta incrível.
Adoro também as antigas séries de tv - não todas – as minhas favoritas: Star Trek (1966–1969), Batman (1966–1968) e The Twilight Zone (1959–1964). Acompanhá-las me ensinou muito sobre design gráfico, fotografia, edição de imagens, cinema e roteiros.
Possivelmente, influenciado por essas séries de ficção científica, adquiri uma mania por desenvolver equações e teorias.
Voltando a conversa “viagem no tempo”, andávamos muito juntos, conversamos sobre artes marciais. Eu defendendo as técnicas aprendidas com o aikidô e o kung fu, ela adepta e praticante do karatê e do muay thai. Ambos respeitando idéias novas e nos inspirando em nossos projetos.
Discutíamos musica, eu com os novos sons eletrônicos do final dos anos noventa e com minhas bandas de pop rock nacionais e ela sempre com um reggae de qualidade.
Nossas conversas sempre regadas a cerveja, que aprendi a tomar com nossa turma. Ela se divertia muito em nossas festas animadas e eu sempre com seu apoio.
Nos distanciamos pelas razões de sempre: tempo, relacionamentos complicados, distância e caminhos.
Nos reaproximamos graças as redes sociais. SIM, a tecnologia usada para o bem. Odeio quando as redes sociais são utilizadas para afastar as pessoas. As redes sociais são ferramentas de mobilização e aproximação de ações, pessoas, idéias e quem sabe um dia, apenas informações úteis.
Desse novo contato, chegam informações sobre trabalho, sonhos e relacionamentos vivenciados.
Desta conversa surge a conclusão sobre a frustração adquirida que foi equacionada da seguinte maneira:
Equação da frustração adquirida seria igual à inspiração proporcionada pela solidão, mantida a mesma loucura adolescente, com um pouco menos de paixão, definitivamente mais desiludido e sempre sonhador.
Apenas os sonhadores se frustram. Apenas a loucura alimenta os sonhos. Dessa alimentação dos sonhos vem inspiração que já está acrescida da solidão, diminui a paixão que por sua vez desilude o sonhador.
Viver com essa equação te dá a certeza de não querer alguém que te complete, pois já somos completos.
Essa equação nos aproxima de pessoas que são compatíveis com nossos desejos e que de um modo incrível sejam suficientes para nos fazer querer crescer e mudar. Resumo isso em planejar em conjunto.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
Numa noite conversava com uma amiga que não encontrava pessoalmente recentemente e me trouxeram lembranças tímidas e receosas da adolescência, de um garoto sem jeito e inseguro. Aprendi nos olhares e nos filmes como viver. Testava a magia do cinema em meu dia-a-dia e nem sempre era como imaginava.
Cada segundo da película era uma memória desagradável para meu teste real e as mudanças eram inevitáveis para finais quase felizes. Da comédia e do drama vem meu estilo que sorrateiramente rouba o charme de ídolos. Não sou nada de mais, mas a agilidade de respostas sem dúvidas é uma ferramenta incrível.
Adoro também as antigas séries de tv - não todas – as minhas favoritas: Star Trek (1966–1969), Batman (1966–1968) e The Twilight Zone (1959–1964). Acompanhá-las me ensinou muito sobre design gráfico, fotografia, edição de imagens, cinema e roteiros.
Possivelmente, influenciado por essas séries de ficção científica, adquiri uma mania por desenvolver equações e teorias.
Voltando a conversa “viagem no tempo”, andávamos muito juntos, conversamos sobre artes marciais. Eu defendendo as técnicas aprendidas com o aikidô e o kung fu, ela adepta e praticante do karatê e do muay thai. Ambos respeitando idéias novas e nos inspirando em nossos projetos.
Discutíamos musica, eu com os novos sons eletrônicos do final dos anos noventa e com minhas bandas de pop rock nacionais e ela sempre com um reggae de qualidade.
Nossas conversas sempre regadas a cerveja, que aprendi a tomar com nossa turma. Ela se divertia muito em nossas festas animadas e eu sempre com seu apoio.
Nos distanciamos pelas razões de sempre: tempo, relacionamentos complicados, distância e caminhos.
Nos reaproximamos graças as redes sociais. SIM, a tecnologia usada para o bem. Odeio quando as redes sociais são utilizadas para afastar as pessoas. As redes sociais são ferramentas de mobilização e aproximação de ações, pessoas, idéias e quem sabe um dia, apenas informações úteis.
Desse novo contato, chegam informações sobre trabalho, sonhos e relacionamentos vivenciados.
Desta conversa surge a conclusão sobre a frustração adquirida que foi equacionada da seguinte maneira:
Equação da frustração adquirida seria igual à inspiração proporcionada pela solidão, mantida a mesma loucura adolescente, com um pouco menos de paixão, definitivamente mais desiludido e sempre sonhador.
Apenas os sonhadores se frustram. Apenas a loucura alimenta os sonhos. Dessa alimentação dos sonhos vem inspiração que já está acrescida da solidão, diminui a paixão que por sua vez desilude o sonhador.
Viver com essa equação te dá a certeza de não querer alguém que te complete, pois já somos completos.
Essa equação nos aproxima de pessoas que são compatíveis com nossos desejos e que de um modo incrível sejam suficientes para nos fazer querer crescer e mudar. Resumo isso em planejar em conjunto.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
segunda-feira, 16 de abril de 2012
SINDICATOS NOTURNOS
SINDICATOS NOTURNOS
A noite sempre foi meu lar. Uma casa de desabafos, interações, surpresas e emoções. Compartilhar momentos com estranhos que depois marcam nossas vidas. Dar chances ao destino.
Em especial a noite curitibana sempre foi um desafio para desbravadores.
Sou publicitário, estudei o curso técnico de desenho industrial, sou libra com ascendente em peixes, galo no horóscopo chinês. Um cara equilibrado e com um toque de artista. Adoro sentir as palavras explodindo na mente, sonorizadas expressando emoções. Junto aos sons, músicas, imagens e vídeos. A multimídia é sempre um mundo de infinitas possibilidades e criações e destruições.
Alguns me chamam de manipulador de informações (um spin doctor), outros preferem dizer que eu realmente sei como vender um bom produto. Sim, o produto deve ser bom. Não aceito vincular meu nome a qualquer quinquilharia, não engano meu público. Explicito qualidades e maquilho transformando o normal em excepcional. Sempre sincero em minhas decisões, não gosto da mentira, ocultar muitas vezes é mentir.
Todavia, mesmo acreditando ser um bom comunicador, sempre tive dificuldades em adentrar em turmas do cenário noturno curitibano. Alguns bons contatos sempre facilitaram a entrada.
Tornar-se um cruzado solitário em terras desconhecidas, Muitas vezes desconhecidas por abandonar meus hábitos noturnos devido a relacionamentos. Cruzado solitário por gostar de sair sozinho, sem travas, sem ajuda. Sair sozinho sempre aumentou minha auto-estima. São poucos os bons parceiros de balada e depois que se conhece bem um lugar, até os funcionários se tornam bons parceiros. Ah, lembra dos dois telefones errados que ganhei? Um deles foi de uma barmaid, conto essa história outra hora.
Sendo uma pessoa eclética, freqüentei vários tipos de casas noturnas. Meus locais favoritos eram clubs, locais alternativos e pubs com música ao vivo.
Em locais alternativos, muitas vezes recebi cantadas de homens, mas sempre de maneira educada. Nunca tive problemas e sempre muito bem recebido. Minha mãe sempre ficava preocupada com meu encontro com algum conhecido nestes locais. (Eu respondia: - Mãe, se alguém me encontrar lá dentro é porque também estava lá. – provavelmente outra pessoa sem preconceitos)
Nos clubs geralmente me aproximava das pessoas que amam dançar. Conversávamos pouco e dançávamos muito.
E nos pubs senti sempre uma maior dificuldade para me aproximar. As pessoas pareciam ser mais desconfiadas, menos atraentes nas conversar e muito desinteressados em qualquer coisa nova.
Na minha adolescência, fui clubber uma geração que ajudou na popularização dos piercings (tive 3, 1 na sobrancelha e 2 na orelha, todos do lado esquerdo). Usava roupas leves e confortáveis, não pelas marcas, mas pelo simples conforto.
Umas das coisas que os clubbers tinham, era aceitar todos os tipos de tribos e vestimentas.
Talvez por sermos fruto do início da geração Y, pelo menos eu sempre fui um artista, com os desenhos, com as palavras, com as músicas e com os vídeos. Gosto de respostas rápidas, pessoas sagazes e multi-tarefas. Entediam-me as pessoas que são sempre as mesmas, tenho várias turmas, e cada qual com seus motivos particulares. Me considero uma pessoa bem quista, educada e que consegue conviver com as diferenças muito bem. Minha tranqüilidade e segurança me permitem trafegar pelos os mais diversos lugares sem que me incomode com roupas ou estilos. Sempre me considerei “neutro”.
Recordo-me de uma festa rave onde me estava vestido de terno e gravata, usando sapatos sociais, por emendar de uma aula noturna após o estágio. (Não foi uma experiência muito agradável ter que me vestir arrumadinho numa agência de publicidade, algo me diz que os trajes prendiam a imaginação que acarretou posteriormente no encerramento das atividades empresariais pelos donos).
Voltando a história da rave, acho que a tribo me fascinou por não me julgar pelos trajes, por gostarmos do mesmo tipo de música e serem tão receptivos. Ser alternativo naquela época, era não ligar para os panos que as pessoas usavam.
Com os anos, me distanciei um pouco dos meus amigos, que deixavam as cores chamativas dos clubbers de lado e que em sua maioria continuavam a se destacar por suas personalidades únicas, tornando-se mais excêntricos e exigentes. Suas novas turmas eram mais fechadas e restritas.
Comecei a reavaliar os novos locais que começava a freqüentar 10 anos após meu início no mundo clubber, eu também mudava, meus som como DJ deixava de ser o house comercial e o drum`n bass, para se tornar 80`s, 90`s e indie rock. A vida noturna deixava de ser minha segunda casa e se transformara em um Sindicato, não generalizado, mas agregando principalmente pessoas com mesmos interesses artísticos e ainda alguns Fashion victims. Encontrei amigos que partilham dessa opinião.
Confesso que também mudei, cabelos com mechas azuis e prateadas não faziam mais o meu estilo. Minhas roupas são mais adaptadas para freqüentar qualquer lugar e que hoje também faço parte de vários sindicatos.
Não sei se mais exigentes apenas, ou mais cautelosos. Sei que me adaptei.
Parafraseando um grande amigo. – Antes eu tinha sonhos mirabolantes ao usar minha imaginação, talvez me tornar um cientista louco ou um super-herói. Nunca quis ser um cruzado solitário.
Hoje tenho desejos bem realistas. QUERO SER UM NINJA!
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
A noite sempre foi meu lar. Uma casa de desabafos, interações, surpresas e emoções. Compartilhar momentos com estranhos que depois marcam nossas vidas. Dar chances ao destino.
Em especial a noite curitibana sempre foi um desafio para desbravadores.
Sou publicitário, estudei o curso técnico de desenho industrial, sou libra com ascendente em peixes, galo no horóscopo chinês. Um cara equilibrado e com um toque de artista. Adoro sentir as palavras explodindo na mente, sonorizadas expressando emoções. Junto aos sons, músicas, imagens e vídeos. A multimídia é sempre um mundo de infinitas possibilidades e criações e destruições.
Alguns me chamam de manipulador de informações (um spin doctor), outros preferem dizer que eu realmente sei como vender um bom produto. Sim, o produto deve ser bom. Não aceito vincular meu nome a qualquer quinquilharia, não engano meu público. Explicito qualidades e maquilho transformando o normal em excepcional. Sempre sincero em minhas decisões, não gosto da mentira, ocultar muitas vezes é mentir.
Todavia, mesmo acreditando ser um bom comunicador, sempre tive dificuldades em adentrar em turmas do cenário noturno curitibano. Alguns bons contatos sempre facilitaram a entrada.
Tornar-se um cruzado solitário em terras desconhecidas, Muitas vezes desconhecidas por abandonar meus hábitos noturnos devido a relacionamentos. Cruzado solitário por gostar de sair sozinho, sem travas, sem ajuda. Sair sozinho sempre aumentou minha auto-estima. São poucos os bons parceiros de balada e depois que se conhece bem um lugar, até os funcionários se tornam bons parceiros. Ah, lembra dos dois telefones errados que ganhei? Um deles foi de uma barmaid, conto essa história outra hora.
Sendo uma pessoa eclética, freqüentei vários tipos de casas noturnas. Meus locais favoritos eram clubs, locais alternativos e pubs com música ao vivo.
Em locais alternativos, muitas vezes recebi cantadas de homens, mas sempre de maneira educada. Nunca tive problemas e sempre muito bem recebido. Minha mãe sempre ficava preocupada com meu encontro com algum conhecido nestes locais. (Eu respondia: - Mãe, se alguém me encontrar lá dentro é porque também estava lá. – provavelmente outra pessoa sem preconceitos)
Nos clubs geralmente me aproximava das pessoas que amam dançar. Conversávamos pouco e dançávamos muito.
E nos pubs senti sempre uma maior dificuldade para me aproximar. As pessoas pareciam ser mais desconfiadas, menos atraentes nas conversar e muito desinteressados em qualquer coisa nova.
Na minha adolescência, fui clubber uma geração que ajudou na popularização dos piercings (tive 3, 1 na sobrancelha e 2 na orelha, todos do lado esquerdo). Usava roupas leves e confortáveis, não pelas marcas, mas pelo simples conforto.
Umas das coisas que os clubbers tinham, era aceitar todos os tipos de tribos e vestimentas.
Talvez por sermos fruto do início da geração Y, pelo menos eu sempre fui um artista, com os desenhos, com as palavras, com as músicas e com os vídeos. Gosto de respostas rápidas, pessoas sagazes e multi-tarefas. Entediam-me as pessoas que são sempre as mesmas, tenho várias turmas, e cada qual com seus motivos particulares. Me considero uma pessoa bem quista, educada e que consegue conviver com as diferenças muito bem. Minha tranqüilidade e segurança me permitem trafegar pelos os mais diversos lugares sem que me incomode com roupas ou estilos. Sempre me considerei “neutro”.
Recordo-me de uma festa rave onde me estava vestido de terno e gravata, usando sapatos sociais, por emendar de uma aula noturna após o estágio. (Não foi uma experiência muito agradável ter que me vestir arrumadinho numa agência de publicidade, algo me diz que os trajes prendiam a imaginação que acarretou posteriormente no encerramento das atividades empresariais pelos donos).
Voltando a história da rave, acho que a tribo me fascinou por não me julgar pelos trajes, por gostarmos do mesmo tipo de música e serem tão receptivos. Ser alternativo naquela época, era não ligar para os panos que as pessoas usavam.
Com os anos, me distanciei um pouco dos meus amigos, que deixavam as cores chamativas dos clubbers de lado e que em sua maioria continuavam a se destacar por suas personalidades únicas, tornando-se mais excêntricos e exigentes. Suas novas turmas eram mais fechadas e restritas.
Comecei a reavaliar os novos locais que começava a freqüentar 10 anos após meu início no mundo clubber, eu também mudava, meus som como DJ deixava de ser o house comercial e o drum`n bass, para se tornar 80`s, 90`s e indie rock. A vida noturna deixava de ser minha segunda casa e se transformara em um Sindicato, não generalizado, mas agregando principalmente pessoas com mesmos interesses artísticos e ainda alguns Fashion victims. Encontrei amigos que partilham dessa opinião.
Confesso que também mudei, cabelos com mechas azuis e prateadas não faziam mais o meu estilo. Minhas roupas são mais adaptadas para freqüentar qualquer lugar e que hoje também faço parte de vários sindicatos.
Não sei se mais exigentes apenas, ou mais cautelosos. Sei que me adaptei.
Parafraseando um grande amigo. – Antes eu tinha sonhos mirabolantes ao usar minha imaginação, talvez me tornar um cientista louco ou um super-herói. Nunca quis ser um cruzado solitário.
Hoje tenho desejos bem realistas. QUERO SER UM NINJA!
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
domingo, 15 de abril de 2012
DESAPEGOS
DESAPEGOS
Uma estrada definida? Não tenho crença em Deus. Prefiro que meu destino seja rascunhado, com linhas finas e que a obra final me surpreenda. Tenho potenciais futuros que adoro estragar tomando decisões pouco óbvias, prefiro um desastre divertido à uma previsão monótona. Brinco de senhor do meu destino, mas sinto que livre arbítrio, é sim, uma falsa ilusão de liberdade.
Nessa crença os carneiros no pasto acreditam ser livres. Eu acredito que escolher todos os caminhos seja a real liberdade. Hipócrita? Um pouco... Arrogante, não seria um insulto.
Isso não significa que eu seja mau, pelo contrário. Respeito a opinião de todos e tenho para mim que religião não forma caráter, mas que pode sim dar um bom norte, como causar danos irreparáveis numa personalidade.
Sim, tive uma boa educação cristã, quanto a ser um seguidor de Cristo ou filho de Deus. Prefiro pensar no acaso, nas coincidências da vida. Prefiro ser insignificante ao me preocupar com pensamentos que não cabem em mim. Não tenho fé, não duvido que exista. Apenas me considero incapaz. Uma cabra em meio às ovelhas, como diz a música: “Now I just want to play on my panpipes/I just want to drink me some wine/As soon as you're born you start dyin'/So you might as well have a good time/Sheep go to heaven/Goats go to hell” (Sheep Go To Heaven – Cake)
Acredito nos astros e no tarô, prefiro o tarô de Marselha, mas gosto do cigano ou o egípcio, a astrologia. O caminho das estrelas me atraiu sempre, nunca gostei do Sol, a Lua e as estrelas sempre me seduziram. Como uma série de aventuras amorosas, inúmeras e quem sabe um dia, encontrar meu astro maior. Talvez encontre minha Lua, mas tive que lembrar das estrelas para me dedicar de verdade a alguém.
No meu caminho encontrei pessoas inesquecíveis. Vivi momentos únicos e como um telespectador, diria que minha vida daria uma ótima ficção. Nestes encontros, mais difícil que encontrar um sentimento, mais difícil que conquistar uma relação, às vezes o mais complicado foi superar e deixar o que não funciona mais.
Dar chances, voltar e perdoar. Insistir em escolhas, supor e idolatrar uma idéia. As ilusões da paixão.
Quando mudamos, tentamos, nos esforçamos. As coisas nem sempre não funcionam devido aos nossos problemas.
Sou uma pessoa persistente. Luto de olhos abertos e sem mentir para mim. Mas em relacionamentos, escuto, converso e discuto. A batalha que se trava entre amigos, amantes e irmão são as mais barulhentas e dolorosas e tendem a ser as mais honestas.
Não tenho medo de interpretações ruins, sou passível de erros. Alguns imperdoáveis, porém dormir tranqüilo é uma meta todas as noites.
Então acordamos em meio de uma relação complicada e temos que dar um ponto final. Não por falta de coragem, não por falta de esforço. Termina-se uma história por ela não funcionar. Por ser apenas uma ilusão, um reflexo de nossos desejos que nunca se torna uma realidade suportável.
Desapegar-se, perder a afeição que se tinha antes, soltar-se, desgarrar-se. Desapego não porque não valeu viver, não pelo que passou. Ao reverso, pela chance de errar novamente e eventualmente acertar. Não insista pedindo chances. Permita-se viver novas experiências sem machucar alguém e sem se machucar.
Respeito. Respeite.
Pontos finais não viram reticências.
Kevin Rodhes - personagem do livro Terapia escrito por djpandacwb
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SÍNDROME DO MELHOR AMIGO Como sempre estava num bar. Encontrei vários amigos de lugares diferentes, tentei conversar um pouco com todos...